Estudo avaliou mais de 300 cosméticos para bebê e 90% têm químicos nocivos à criança

Lenços umedecidos, shampoos e sabonetes: todos eles ajudam a deixar o bebê bem limpinho e cheiroso. Mas, afinal, por que nós gostamos tanto de perfumar os nenéns? Essa é uma das questões levantadas por uma análise francesa que avaliou mais de 300 produtos de higiene destinados a crianças com menos de três anos em busca de substâncias perigosas e chegou a conclusões preocupantes. Veja a seguir.

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Produtos de higiene para bebês: eles são perigosos?

A ONG Women in Europe for a Common Future (WECF) analisou 341 cosméticos para bebês vendidos na França, como shampoos, lenços umedecidos e sabonetes, em busca de substâncias que, de alguma forma, pudessem prejudicar a saúde do bebê.

Eles usaram critérios estabelecidos por órgãos governamentais europeus para determinar se os produtos continham substâncias de “risco elevado”, “risco moderado” ou “risco baixo ou não identificado”.

Resultados 

Substâncias de risco elevado

O alérgeno metilisotiazolinona foi encontrado em 19 produtos, incluindo lenços umedecidos. O fenoxietanol, uma substância conservante, que age de maneira tóxica sobre o sistema reprodutivo, foi encontrado em 54 produtos. Por fim, perfumes com potencial para gerar alergia foram encontrados em 226 itens.

Ao todo, 299 dos 341 cosméticos analisados (quase 90%) continham substâncias que representam risco elevado à saúde do bebê.

Substâncias de risco moderado

Nesse quesito entram os sulfatos (laureth e lauryl sulfato), substâncias limpantes presentes em shampoos que criam a espuma durante a lavagem, o EDTA (outro composto de shampoos e sabonetes líquidos) e óleos minerais refinados do petróleo. Eles foram encontrados em 181 produtos.

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Como evitar produtos perigosos para o bebê 

Um dos pontos levantados pelos responsáveis pelo estudo foi a presença generalizada de perfume nos produtos para bebê, uma vez que é conhecido o potencial alérgico dessas substâncias.
Por isso, é interessante evitar os itens mais perfumados e ainda procurar pelas substâncias de risco mais elevado nos rótulos dos produtos.