Melina Cabral
Do Bolsa de Bebê
No período da gestação, a mulher precisa investir na qualidade de tudo o que come. Os alimentos têm papel fundamental na formação do bebê.
Leia também:
Risco de acidentes domésticos aumenta nas férias
Meu filho é agressivo. E agora?
Qual é a melhor idade para ir à escolinha?
O importante nessa fase é se alimentar bem, de maneira saudável e sem excessos. O corpo da mamãe precisa de muitos nutrientes para passar por esse período com saúde.
Durante a gravidez a ingestão de fibras alimentares é fundamental. Elas são facilmente encontradas em frutas, grãos e hortaliças. E funcionam como uma “vassoura” no organismo, carregando os resíduos alimentares e a gordura para o intestino, baixando o nível de glicose e do colesterol.
“Frutas com casca, legumes, verduras e folhas em geral são ricos em fibras. Cereais integrais (pão integral, macarrão integral, arroz integral), sementes e grãos (aveia, chia, quinua, linhaça) também fornecem boa quantidade de fibras. No período gestacional, é de extrema importância o consumo de legumes e verduras no almoço e no jantar, 2 a 3 frutas ao dia e água na quantidade ideal”, complementa a nutricionista Thatiana Galante.
Há dois tipos de fibras:
Solúveis – Protege contra o câncer colorretal. Quando ingeridas, se transformam em “gel” no estômago, permanecendo mais tempo nele e dando uma sensação de saciedade. Elas se armazenam para atrair moléculas de gorduras e colesterol levando-as ao intestino. Mas isso só é feito se houver um grande consumo de água, caso contrário, problemas sérios como gases, cólicas fortes e prisão de ventre podem surgir. Por isso nutricionistas recomendam que a ingestão de fibras ao cardápio seja de forma lenta e gradual.
Insolúveis – Atuam como laxantes naturais, ajudando o intestino a trabalhar melhor. São encontradas em todos os tipos de substâncias vegetais, como frutos com cascas comestíveis e sementes. Elas ajudam a prevenir a hemorróida e a inflamação na parede do intestino.
O consumo médio recomendado de fibras ao organismo é de 20 a 35g por dia. E para as gestantes, é preciso uma atenção maior. O consumo pode ajudar a prevenir uma série de doenças como distúrbios hipertensivos, diabetes melitus gestacional, hemorróidas, síndrome do intestino irritável e até mesmo anemias. “As fibras têm um papel importantíssimo na manutenção da microbiota intestinal saudável, que modula o sistema imunológico da mãe, e do bebê” afirma a nutricionista Thatiana Galante.
Os hábitos alimentares da mãe têm relação com o desenvolvimento do paladar do bebê, que começa a se desenvolver a partir do quarto mês de gravidez. “Estudos mostram que mães que têm o hábito de comer doces em excesso, por exemplo, têm propensão a ter um bebê com preferência por açúcares”, diz Thatiana Galante.