Grávida NÃO pode comer comida japonesa: mito ou verdade? Nutricionista explica tudinho

Durante o período de gestação, as mulheres ouvem de tudo: não pode tomar café e refrigerantes, nem comer saladas fora de casa e muito menos alimentos apimentados. Com tanta informação, muitas vezes fica difícil saber o que é realmente pode prejudicar a mãe e o bebê na gravidez.

A ingestão de comida japonesa, por exemplo, está entre as principais dúvidas: afinal, não é recomendado na gestação? Na verdade, não é proibido consumir este tipo de refeição, mas a ressalva está nas carnes cruas e mal passadas, que podem gerar contaminação por bactérias, intoxicação alimentar e até doenças como a toxoplasmose.

Cuidados ao consumir comida japonesa

De maneira geral, incluir os peixes na dieta durante a gravidez é benéfico porque estes alimentos tem alto teor de ômega-3, que ajudam no desenvolvimento cognitivo do bebê. O problema no caso da comida japonesa está nos peixes crus, como sashimis e sushis, por exemplo.

A nutricionista materno-infantil Andreia Friques afirma que, embora o sushi não transmita toxoplasmose, pode disseminar a difilobotriase. Por isso, deve ser evitado na gravidez. “Por ser uma carne crua, há possibilidade de contaminação e dificuldade em ter certeza de sua boa procedência e manuseio adequado”, escreveu em seu perfil no Instagram.

O que é difilobotríase?

A difilobotríase é uma doença causada pelo parasita Diphyllobothrium, transmitido por meio da ingestão de peixes crus, mal cozidos ou defumados por processos caseiros. Também conhecida como a doença da “tênia do peixe”, este parasita pode atingir até 10 metros de comprimento no intestino humano.

Na maioria das vezes, este problema é assintomático, mas pode gerar desconforto abdominal, gases, náuseas, vômitos, diarreia intermitente e, nos casos mais graves, até mesmo carência em vitaminas do tipo B12.

Como comer peixe na gravidez

Na gravidez, é preciso tomar alguns cuidados ao ingerir peixes, evitando os crus e mal passados e apostando em versões bem assadas ou bem cozidas. Isso porque a maioria das bactérias, vírus e parasitas maléficos são eliminados com altas temperaturas. Isso vale também para outros tipos de carnes e frutos do mar.

Andreia Friques ainda ressalta que os molhos que acompanham a comida japonesa, como o shoyu comum também deve ser evitado na gestação, já que se trata de um produto repleto de sódio, corantes e outros aditivos, como o glutamato monossódico, que podem causar dores de cabeça, desconforto abdominal, além de inchaços provocados por retenção de líquidos.

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Alimentação saudável na gravidez