O Ministério da Saúde fez, na manhã desta sexta-feira (18), uma coletiva de imprensa para assinar uma nova portaria referente ao rastreamento, prevenção, tratamento e acompanhamento das mães e crianças vítimas da síndrome congênita de zika, causada pela contaminação do Zika vírus durante a gestação, especialmente no primeiro trimestre.
Entre as novas medidas anunciadas, que incluem alterações na medida encefálica para o rastreio, tempo e expansão do atendimento de mães e crianças vítimas, capacitação de profissionais, ampliação dos serviços de saúde e parcerias com outras instituições para agilidade no diagnóstico e tratamento, o ministro Ricardo Barros também anunciou nova verba para a realização de mais um ultrassom durante a gravidez.
Como explicou, embora municípios e Estados adotem protocolos distintos, cada um com sua recomendação de número de exames (no geral, dois – um no primeiro trimestre e outro no segundo), o Ministério da Saúde adotava apenas um em suas diretrizes, realizado no primeiro trimestre e com o objetivo de descobrir a idade gestacional, detectar gestações múltiplas e outros problemas de formação. Em casos específicos, avaliados individualmente, o médico poderia solicitar mais exames.
Agora, com a mudança e destinação anual de R$ 52,7 milhões para a medida, mulheres passarão por ao menos dois exames (Estados e municípios podem indicar outros de acordo com seus protocolos).
Por que fazer dois ultrassons?
O primeiro dele segue sendo no primeiro trismestre, enquanto o segundo, custeado pela federação, deve ser realizado por volta da 30º semana (7º mês) para rastrear possíveis problemas neurológicos ou anomalias não detectadas no primeiro exame, especialmente aquelas causadas pelo Zika vírus.
De acordo com Ministério da Saúde, “a medida vai beneficiar a população de 206 municípios de 38 regiões identificadas como prioritárias”.
Zika vírus
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