Pai pode sentir todos os sintomas da gravidez junto com mulher e síndrome tem até nome

Enjoos, tonturas, aumento de peso e desejos por certos alimentos são alguns dos sintomas típicos da gravidez. Tanto para mulheres quanto para homens. Sim, os pais também podem passar por tudo isso enquanto esperam por um filho.

A indisposição que atinge alguns pais enquanto a mulher está grávida é chamada de Síndrome de Couvade – termo derivado do francês, que significa “chocar”. Embora não seja reconhecida oficialmente como uma doença, a condição tem sido verificada por cientistas de todo o mundo.

O que é a Síndrome de Couvade?

Segundo pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Síndrome de Couvade é uma manifestação psicossomática do pai à gravidez da esposa. Os sintomas começam no primeiro trimestre da gestação e desaparecem logo após o parto.

O estudo gaúcho analisou 30 casais que esperavam o primeiro filho, e concluiu que mais da metade dos pais (17) relataram sintomas típicos da Síndrome de Couvade, que incluem náuseas, vômitos, perda de apetite, dores de cabeça, dores de dentes, dores nas costas, aumento do peso, desejos por determinados alimentos, indigestão, azia, dores abdominais e dificuldades respiratórias.

Qual a origem dos sintomas?

Os pesquisadores sugerem que os sintomas físicos sentidos pelo pai durante a gravidez da mulher tenham origem psicológica, em decorrência da ansiedade em relação à chegada do filho e todas as responsabilidades que isso envolve.

Apesar das evidências demonstradas em estudos ao redor do mundo, a Síndrome de Couvade não é reconhecida por todos os médicos e seu diagnóstico, quando realizado, ocorre somente através da exclusão de outras doenças. O tratamento é feito de acordo com os sintomas, mas também pode envolver acompanhamento psicológico do pai.

“Recomenda-se que as intervenções contemplem as dúvidas, sentimentos e vivências do homem durante a gestação do seu filho, beneficiando a saúde masculina, a relação conjugal e, sobretudo, a relação pai-bebê”, concluem os pesquisadores da UFRGS.

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