Mariana Bueno
Do Bolsa de Bebê
Quando o bebê completa seis meses, chega a hora de começar a consumir alguns alimentos em fome de papinhas, tanto salgadas, com legumes e verduras, quanto doces, com frutas. Muitas mães optam pela praticidade das papinhas industrializadas para o bebê.
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De acordo com a nutricionista Maria Lucia Tafuri Garcia , presidente da Sociedade Brasileira de Gastronomia e Nutrição, essas papinhas são uma boa alternativa para viagens e saídas mais longas, quando a mãe não tem como manter uma papa feita por ela, seja por falta de refrigeração, seja pela falta de local onde preparar ou falta de alimentos disponíveis. “Estudos realizados na Grã Bretanha, onde foram analisadas composições de papinhas industrializadas, demonstraram que a maioria delas tem metade das calorias e das proteínas que nas caseiras. Por isso seu consumo não deve ser rotineiro. Nenhum alimento faz mal, desde que ingerido de maneira equilibrada”, alerta.
Em relação à qualidade das papinhas industrializadas, ela diz que, normalmente, as empresas têm um rígido controle dos processos de preparo, dos ingredientes e sua origem, além de terem profissionais especializados no desenvolvimento de uma composição equilibrada. “Valem a pena por não precisarem de refrigeração e assim facilitar quando não é possível preparar”, diz.
Cuidados ao comprar papinhas industrializadas
Ela ressalta que é importante analisar a composição das papinhas para bebês. “As salgadas nem sempre são completas, pois falta algum alimento ou grupo de alimentos. Algumas podem ter excesso de sal, embora a indústria brasileira tenha diminuído o sódio dos alimentos infantis nas últimas décadas”, explica.
Outro ponto que merece atenção é o fato de que a mistura de alimentos nas papas industrializadas não dá à criança a chance de conhecer alimentos e paladares diferentes. “Nas papinhas doces industrializadas o que ocorre é que nem sempre a fruta está sozinha, mas associada a algum amido ou suco de maçã para que fiquem mais doces”, diz.
