O uso da pílula do dia seguinte é um método eficaz para evitar a gravidez indesejada. Este método é também conhecido como contracepção de emergência, uma vez que ele é utilizado após a relação sexual, ao contrário dos diversos outros métodos contraceptivos usuais.
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A utilização da pílula do dia seguinte é indicada em situações como: relação sexual episódica não protegida, ruptura de camisinha, estupro e em algumas outras circunstâncias específicas. Importante é deixar claro que este é um método de exceção, de uso episódico e de maneira nenhuma deve ser feito de maneira usual ou contínua. Além disso, a pílula do dia seguinte não impede a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis.
A composição destas pílulas é basicamente hormonal, assim como as pílulas anticoncepcionais de uso periódico (mensal). Porém, as doses de hormônios contidos nas pílulas de contracepção de emergência são muito maiores do que nos outros métodos não-emergenciais.
Existem combinações hormonais para a pílula do dia seguinte: algumas são tomadas em dose única, outras devem ser administradas em duas doses com espaço de 12 horas entre elas. Na verdade, a eficácia das diversas pílulas de contracepção de emergência é semelhante, o fator mais importante é o tempo após a relação sexual em que são utilizadas.
A eficácia deste método de emergência será maior quanto mais precoce ele for utilizado após a relação sexual, não devendo este tempo ultrapassar 72 horas. Se for utilizado entre 0 e 24 horas a chance deste método falhar situa-se entre 0,4 a 2%. Entre 25 e 48 horas, de 1,2 a 4,1%. E, entre 49 e 72 horas, de 2,7 a 4,7%.
Após o seu uso, a pílula do dia seguinte irá agir de diversas maneiras a fim de bloquear a fecundação (processo de penetração do espermatozóide no óvulo). A ação deste método ainda pode variar de acordo com a fase do ciclo menstrual em que a mulher se encontra.
Basicamente, ela pode retardar, ou mesmo impedir a ovulação; alterar o transporte dos espermatozóides e dos óvulos nas trompas; modificar o muco cervical (do colo uterino), dificultando a migração dos espermatozóides. De todas as formas, os mecanismos agem tentando impedir a fecundação. Ou seja, não há evidências que exista efeito após este processo (do encontro do espermatozóide com o óvulo).
Atualmente, o uso da pílula do dia seguinte composta apenas de levonorgestrel (uma progesterona sintética) já está sendo indicada até o 4º e 5º dias após a relação sexual. Porém, muitos autores ainda indicam seu uso apenas até as primeiras 72 horas.
Este método por ser de uso excepcional só possui uma contra-indicação: a gravidez confirmada, ou seja, pacientes que estejam sabidamente grávidas, não podem em nenhuma hipótese fazer uso da pílula do dia seguinte. Em relação aos efeitos colaterais, irá variar de acordo com a composição da pílula. Náuseas e vômitos são os sintomas mais freqüentemente relatados e, em caso de vômito nas primeiras duas horas após a ingestão da pílula, é recomendado que a dose seja repetida. Outros sintomas que podem aparecer são: diarréia, dores abdominais, dor de cabeça e irregularidade menstrual.
Não é comum a mulher apresentar nenhum sangramento logo após o uso da pílula. O esperado é o sangramento do próximo período menstrual. O que pode acontecer em um número considerável de pacientes é o atraso menstrual de até 7 dias. Se este for maior, é aconselhável a paciente procurar um serviço de ginecologia para que seja realizado um teste de gravidez.
É importante deixar claro que a pílula de contracepção de emergência não é considerada um método abortivo. Como já foi dito, ela age ainda antes que ocorra a fecundação, além de que ela utiliza progesterona, um hormônio que fisiologicamente favorece a manutenção da gravidez.
Por curiosidade, existe outro método de contracepção de emergência que não é com uso de pílulas. Podemos, também, fazer uso do DIU (dispositivo intra-uterino) de cobre, que pode ser colocado em até 5 dias após a relação sexual desprotegida. Atualmente, seu uso está diminuindo muito com o surgimento das pílulas do dia seguinte e devemos esclarecer que ele não deve ser usado em casos de estupro, ou qualquer outra situação em que haja risco de haver uma doença sexualmente transmissível.
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