O objetivo da assistência ao pré-natal é assegurar, no fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal. Para isso, recomenda-se que sejam realizadas, no mínimo, seis consultas de pré-natal ao longo da gestação, seguindo a distribuição de uma consulta no primeiro trimestre, duas consultas no segundo e três consultas no terceiro trimestre da gestação. O término do pré-natal só ocorre com o nascimento do concepto, sendo as últimas semanas da gravidez um momento em que é maior a probabilidade de intercorrências obstétricas.
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O início do pré-natal deve ser o mais precoce possível, preferencialmente nos primeiros 120 dias de gestação, de forma que quanto mais cedo for a ida ao obstetra, melhores os resultados alcançados e o prognóstico (provável evolução) da gestação.
É muito importante a realização de exames durante o pré-natal, pois fornecem informações a respeito de doenças que podem ter surgido antes ou durante a gestação e que sejam passíveis de tratamento.
Exames do pré-natal
Segundo o Ministério da Saúde, devem ser solicitados rotineiramente alguns exames como hemograma completo, reação sorológica para sífilis (VDRL), tipagem sanguínea e fator Rh. Em caso do fator Rh apresentar resultado negativo, como por exemplo: A-, B-, AB- ou O-, novos exames devem ser realizados. Exames de glicemias, EAS (exame de urina) e testagem anti-HIV devem ser realizados na primeira consulta e outros próximo à 30ª semana de gestação, sempre que possível.
As sorologias para HIV e sífilis devem ser repetidas no terceiro trimestre, pois há risco de infecção durante a gestação, e os casos positivos poderão receber profilaxia para prevenção da transmissão ao concepto e tratamento adequado. Sorologia para hepatite B deve ser realizada, de preferência, próxima à 30ª semana de gestação, visando determinar a necessidade de profilaxia neonatal. A sorologia para toxoplasmose é outro exame importante uma vez que a infecção aguda durante a gestação pode receber tratamento adequado.
O rastreio de infecção por rubéola e citomegalovírus não é recomendado de rotina no pré-natal, uma vez que não há tratamento disponível para prevenção da transmissão vertical ou redução da morbidade fetal.