Táticas para fazer o bebê dormir

Além de uma alimentação equilibrada, os especialistas dão algumas dicas para levar o pequeno a adormecer de forma correta e tranquila. A primeira delas é não permitir que a criança durma no colo do adulto. “Ela deve ser colocada ainda acordada em seu berço para que aprenda a adormecer sozinha”, ensina Eduardina Tenenbojm, pediatra membro do Grupo de Pesquisa Avançada em Medicina do Sono do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

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No berço, é preciso criar um ambiente propício e agradável ao sono. “Para isso, é necessário diminuir os estímulos externos como barulhos, luz e brincadeiras com a criança. Também é recomendado ter um horário regular para ir à cama e, se necessário, contar uma história ou fazer companhia até que a criança adormeça” ensina Grant. Um objeto que a criança goste e a faça mais segura – um brinquedo, por exemplo – pode ser colocado junto ao berço. “Mas não deve ser usado como bengala eterna”, adverte o pediatra.

A partir dos três meses de idade, o bebê terá condições de consolidar as horas de sono.

A posição do bebê na cama é de extrema importância. “A recomendação é que ele durma de barriga para cima, pois estudos apontam que há menor risco de morte súbita nessa posição”, recomenda o especialista. E nada de acordar o baixinho à noite para a troca de fraldas. “A higiene precisa ser feita antes do sono e as fraldas devem ser do tipo noturnas, que absorvem o xixi por mais tempo”, aconselha Eduardina. Se o bebê estiver molhado e com o corpo frio “mude suas roupas em penumbra, fornecendo-lhe o mínimo de estímulos externos. Assim, ele voltará a adormecer o mais rápido possível”, ensina Sylvia.

Noites em claro

Assim como os adultos, os bebês podem sofrer de insônia. “Ela caracteriza-se pela dificuldade em adormecer ou um grande número de despertares durante a noite com dificuldade em voltar ao sono”, explica Eduardina. As causas para as noites em claro podem ser diversas, “desde problemas orgânicos, como a obstrução respiratória por um aumento de adenóides até situações psicológicas, como ansiedade ou depressão”, exemplifica Grant. Algumas vezes a razão está nos hábitos dos pais. “A ausência ou desorganização nas pistas sensoriais que moldam o sono dos bebês, como excesso de luz e barulho, podem fazê-lo entender que não é hora de dormir”, alerta Sylvia.

Costumes equivocados para adormecer o bebê e pesadelos também levam à falta de sono. “A partir dos sete meses de estado gestacional, o feto já sonha. Se estes conteúdos possuírem um caráter ameaçador, ele será vivenciado como pesadelo”, revela a psicóloga. E nem precisa dizer que a insônia é altamente prejudicial ao bebê. “Ela pode afetar não só aspectos físicos de desenvolvimento, por exemplo, o crescimento, como trazer dificuldades ao sistema imunológico, problemas de atenção, fadiga e irritabilidade”, adverte Eduardina. Por isso, comece já a criar um clima adequado para o pequeno dormir. A partir dos três meses de idade, ele terá condições de consolidar as horas de sono. E você também.