Tenho câncer de mama. Posso engravidar depois do tratamento?

por | jun 30, 2016 | Gravidez e bebês

Beatriz Helena
Do Bolsa de Bebê

Superar o câncer de mama é um desafio gigante. Mas, além do tratamento, outras questões podem deixar as mulheres aflitas. Embora a doença atinja mais mulheres a partir dos 59 anos, jovens podem ter que enfrentá-la antes de se tornarem mãe. Neste momento surgem as dúvidas sobre a possibilidade de  engravidar depois do tratamento de câncer de mama.

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Câncer de mama e a gravidez

Segundo o oncologista Carlos Barrios, médico do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre, RS, existem vários estudos que abordam a relação entre o câncer de mama e a produção hormonal. Entretanto, ele diz que a  gravidez depois do diagnóstico de câncer de mama não atrapalha a evolução da doença. “A gravidez não é indicativo de que a mulher vai voltar ou deixar de ter câncer”, tranquiliza o médico.

Tenho câncer de mama e quero engravidar

O principal tratamento para o câncer de mama é a quimioterapia. Porém, os medicamentos são conhecidos por anteciparem a menopausa e pela forma agressiva com que agem. Mas, segundo o oncologista, caso a mulher tenha pretensões de engravidar e precise se submeter às drogas que alterem a produção hormonal, é possível recorrer às medidas preventivas. Além de congelar os óvulos, ainda é possível contar com a ação de alguns medicamentos. “Hoje em dia a gente consegue proteger os ovários de mulheres pré-menopáusicas dos efeitos da quimioterapia. Estudos indicam que determinados medicamentos podem ser administrados antes e depois da quimioterapia para manter a função ovariana em atividade”, explica.

Tempo para engravidar depois do câncer mama

Entretanto, antes de  tentar engravidar depois do câncer mama é preciso tomar alguns cuidados. Barrios indica que além de todos os exames e do acompanhamento médico, a mulher deve esperar ao menos dois anos. “As mulheres que ficam dois anos sem que a doença volte tem uma perspectiva mais tranquila. Ou seja, com esse prazo, conseguimos excluir as possibilidades das mulheres desenvolverem a doença agressiva logo após o diagnóstico inicial”, finaliza.