Depois de tentarem engravidar naturalmente sem sucesso, geralmente casais procuram clínicas especializadas para buscar a reprodução assis tida. De acordo com o especialista em reprodução humana Maurício Chehin, do Grupo Huntington, embora seja a alternativa mais famosa, a fertilização in vitro muitas vezes não é o tratamento adequado para alguns casos. O coito programado, a depender do diagnostico, pode ser mais natural, eficiente e simples.
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O que é coito programado
De acordo com o especialista, o processo é divido em quatro fases:
- Na primeira delas é necessário fazer uma análise prévia do histórico da mulher, incluindo ciclos menstruais, número de dias, intervalo entre os sangramentos, além de uma verificação do estado de saúde do casal para detectar as possíveis causas para a dificuldade de engravidar. “Vamos verificar se há alterações na qualidade do sêmen do homem ou problemas com as tubas e cavidade uterina da mulher”, explica. Se o resultado for negativo, ou seja, se não for detectado nenhum problema no aparelho reprodutor ou dificuldade significativa, então o tratamento é indicado. “O coito programado é indicado principalmente nos casos em que há apenas problemas com a ovulação”, comenta.
- Após a avaliação, o segundo passo é a medicação. Os remédios prescritos têm a função de induzir a ovulação estimulando o amadurecimento dos folículos ovarianos. O processo dura, em média, dez dias.
- Após o tratamento medicamentoso, uma injeção de hormônio Beta Hcg é aplicada. De acordo com o médico, ele é responsável por fazer com que o ovário libere o oócito em um intervalo de 36 a 42 horas depois do uso.
- Nesse período, o casal deve manter relações sexuais com frequência. “Depois de 15 dias já conseguimos descobrir se o procedimento foi efetivo. Se o resultado for negativo, então o tratamento pode ser retomado no próximo ciclo menstrual”, explica. Maurício ainda acrescenta que uma em cada quatro mulheres submetidas ao tratamento para engravidar consegue ter sucesso apenas com o medicamento e relação sexual.