Proteger é importante, mas ninguém quer passar o verão cultivando aquele branco escritório. É o momento de investir no bronzeado e alternativas não faltam para quem deseja entrar na cor da estação. A melanina é a agente natural do bronzeamento. Sua produção pelo organismo faz parte de um processo fisiológico natural, intensificado com a exposição solar. Ela é formada para proteger o núcleo celular e, por ser um pigmento escuro, origina o efeito de bronzeamento.
Mas existem algumas formas de simular o bronzeamento natural, e a mais simples e econômica delas é por meio da alimentação. Os alimentos ricos em betacaroteno são os mais recomendados, orienta a nutricionista Cristiane Novatto, da Clínica Dicorp. “São aqueles de cor amarela ou alaranjada, como cenoura, laranja, abóbora, damasco e mamão”, enumera. O betacaroteno é uma pró-vitamina formada por duas moléculas de vitamina A, que, armazenada na camada subcutânea da pele, se transformam com a exposição solar. “A vitamina A dá um tom amarelado. Tanto que quando há um consumo excessivo destes alimentos, você percebe logo a mudança de cor na palma das mãos e dos pés”, observa a nutricionista.
Esse é o propósito das cápsulas de betacaroteno, que procuram acelerar o processo de produção de vitamina A no organismo. Segundo Cristiane Novatto, este tipo de produto realmente ajuda e não apresenta contra-indicações. Porém, o auxílio vai até certo ponto. “As cápsulas ajudam se você estiver carente da substancia no organismo. Caso contrário, irá eliminar o excesso na urina e gastar dinheiro à toa”, alerta.
É preciso ingerir muita água, o tempo inteiro. O refrigerante, por exemplo, tem capacidade de hidratação muito pequena, devido à concentração de gás e o índice de açúcar
A nutricionista faz questão de lembrar da importância da hidratação por meio da ingestão abundante de líquidos. A antiga recomendação para beber água no dia-a-dia, ganha força durante o verão. “É preciso ingerir muita água, o tempo inteiro. O refrigerante, por exemplo, tem capacidade de hidratação muito pequena, devido à concentração de gás e o índice de açúcar. O álcool também não é indicado, porque estimula ainda mais a diurese. É um período em que estamos muito expostos, transpiramos muito e, por isso, é tão importante fazer a reposição”, explica.
Os tradicionais bronzeadores podem entrar para a lista de acessórios de praia. Ele pode substituir o filtro solar, desde que traga em seu rótulo a indicação do fator de proteção. “Bronzeador, atualmente, é sinônimo de proteção. Ele permite aquele bronzeado uniforme e traz um filtro que bloqueia a radiação nociva. Deve-se olhar os rótulos atentamente e se certificar do fator de proteção”, alerta Ligia Kogos.
Os produtos autobronzeadores são uma opção para quem sonha com a cor dourada, mas quer se proteger dos efeitos nocivos da radiação solar, ou simplesmente não tem tempo para praia ou piscina. Estes produtos são feitos à base de DHA (dihidroxiacetona), substância que reage na camada mais superficial da pele, produzindo a melanoidina que garante o tom bronzeado. O efeito é temporário. Não costuma durar mais de três dias, porém não apresenta riscos a saúde. A melanoidina é usada em uma série de produtos cosméticos há vários anos, com a permissão da Vigilância Sanitária.