Criolipólise dói? Tem riscos para a saúde? É verdade que pode deformar corpo?

Criada na Universidade de Harvard, a criolipólise é o método mais recomendado atualmente para eliminar gordura localizada sem agulhas e cirurgias plásticas. O tratamento, feito em consultórios e clínicas de estética, promove destruição das células de gordura (adipócitos) através do resfriamento controlado.

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O tratamento dói?

Uma espécie de bico de pato gigante suga a gordura para dentro do aparelho e causa a sensação de um beliscão forte, que logo desaparece. Para ser mais fácil, a gordurinha precisa ser aquela flácida. Abdômen duro não responde bem ao tratamento, porque o aparelho não consegue fazer a sucção adequada. A gordura não é tão periférica nesse caso, é intra-abdominal.

Após a sucção, a região tratada pode ficar avermelhada, inchada e dolorida, mas essas reações desaparecem em poucos dias. Algumas mulheres relatam uma sensação parecida com desconforto muscular por cerca de 3 dias.

Quais são os riscos?

A ponteira do aparelho faz um vácuo para a gordura junto com a pele entrar numa cavidade, onde duas placas que vão resfriar a pele até menos 7 graus centígrados e congelar a gordura.

O frio diminui a passagem do oxigênio pelas células de gordura. Com isso, elas morrem. Com a baixa temperatura, as células mortas cristalizam e viram pedrinhas bem pequenas que são levadas pelo sangue para o fígado e depois eliminadas pelo organismo.

Como a área tratada fica literalmente congelada, quando feita de forma errada – com temperatura e duração inadequada – a criolipólise pode causar queimadura.

O procedimento deforma?

Após o tratamento é preciso manter o peso, para não causar a deformação no corpo. O número de células adiposas no nosso organismo em geral não varia. Quando engordamos, as células gordurosas aumentam de tamanho e quando emagrecemos, elas diminuem. Nos procedimentos onde os adipócitos são removidos (lipoaspiração) ou destruídos (criolipólise), a gordura dos locais tratados tende a não voltar. Se há ganho peso, as outras áreas não tratadas ficarão ainda mais intumescidas, levando a um aspecto ondulado e desnivelado próximo ao local que foi sujeito ao tratamento.

Atenção na escolha do local

Uma sessão feita em ambiente especializado e seguro custa caro. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, quando feita por profissional habilitado, uma sessão de crolipólise, varia de mil a mil e quinhentos reais.

Se sair barato demais, desconfie. Além disso, veja se a máquina utilizada no procedimento tem registro na Anvisa. Não existe uma regra nacional sobre quais profissionais podem realizar o tratamento de criolipólise. Dermatologistas, fisioterapeutas, biomédicos e esteticistas são habilitados a aplicar a técnica.