O verão está prestes a aportar nos trópicos e o sol, nossa maior estrela, é definitivamente o mestre de cerimônias dessa estação tão festejada no mundo inteiro. Nessa época do ano as ruas são invadidas por meninas e meninos do Rio – sejam da idade que for e de onde for – que possuem o dourado do sol refletido na pele. Mas para ostentar esse bronze todo, muitos ratos de praia esquecem do fator prudência e se lambuzam com bronzeadores e afins que prometem (e o pior é que cumprem) deixar aquele visual de quem dá expediente na praia.
E é na pressa de adquirir esse visual de verão que está o perigo. Os bronzeadores, atalho escolhido para quem quer ficar com a cor do pecado sem esperar que isso aconteça naturalmente, conjugados com o sol, podem ser considerados nitroglicerina pura pelos médicos. “Não se deve usar bronzeadores, e sim fotoprotetores, que não impedem o bronzeamento, pelo contrário, permitem que ele apenas seja mais seguro e duradouro”, alerta a dermatologista Eliane Sênos, ressaltando ainda que quanto mais clara a pele maior deve ser o fator de proteção. “Mas o mínimo é o de FPS 15”, completa ela. Se o bronzeador convencional já representa uma ameaça, o que se pode pensar sobre o latiníssimo Rayito del Sol, lembram? “Esses produtos que aceleram o bronzeamento captam com maior intensidade as radiações ultravioleta, que são responsáveis pela aceleração do envelhecimento e aumento do risco de câncer de pele”, explica a dermatologista Kátia Castello Branco.
No entanto, quando o assunto é ganhar tempo para trocar o mais rápido possível do bege-escritório para o dourado “garota de Ipanema”, as afoitas se esquecem da saúde e do bom senso e chutam, literalmente, o baldinho de praia pra se enfurnarem naquelas cápsulas, que mais parecem naves espaciais prontas para aterrissar no próprio solo solar, que emitem raios 95% ultravioleta. “O bronzeamento artificial é perigoso, pois as máquinas de bronzear não são seguras e provocam o envelhecimento precoce e câncer de pele, tanto quanto o sol aproveitado de maneira inadequada”, sentencia Kátia Castello Branco. E para quem é adepta dessa praia tecnológica, a Academia Americana de Dermatologistas possuiu dados que comprovam que 15 a 30 minutos de bronzeamento artificial correspondem a um dia inteiro de exposição solar na praia que Deus nos deu. Com toda a sua cor, mas também com todos os seus danos.
O verão, como todo mundo sabe, é campeão de lançamento de moda e, fazendo jus a isso, lançou também o que parecia impossível: a cor dele na pele em qualquer estação do ano! Como? Com o uso dos autobronzeadores. Eles garantem o tom bronzeado sem a ajuda do sol do verão, graças a uma substância chamada diidroxiacetona em suas fórmulas. E o melhor: sem ser prejudicial à saúde. “Desde que a pessoa não tenha alergia a nenhum componente da fórmula, eles podem ser utilizados sem problemas”, afirma Eliane Sênos.
Respeitar o sol é um bom começo para se bronzear sem torrar a saúde, pois os efeitos dos raios ultravioleta são cumulativos. E, como manchas, rugas e até o famigerado câncer de pele, geralmente, costumam a aparecer somente depois de alguns anos, a prevenção deve vir desde cedo: ou seja, desde os tempos da piscininha de plástico.
Agradecimentos:
Clínica Dermatológica da Barra
Tel: (21) 2493 7004 e (21) 2491 3787