Alguns mascam chiclete para enganar o estômago, outros têm o hábito porque acreditam que seja um dos truques para eliminar o mau hálito ou tirar o gosto ruim da boca. Ainda tem quem use para tapear a vontade de um docinho depois do almoço, e aqueles que são viciados mesmo.
Independente do motivo que gere esse hábito, o ato de mastigar, seja um chiclete ou outros alimentos, guarda muito por trás do simples ato mecânico. É mais do que uma função física. Especialistas acreditam que mastigar pode ter um potencial psicológico forte: pode ser considerado um ato inato de agressão.
Por exemplo, se colocarem um pedaço de carne próximo a um leão, ele vai rugir e atacar para se alimentar, por que é da sua natureza agir assim. Isso não significa necessariamente que seja um ato de ódio, maldade ou vingativo. Mas, assim como os leões, o ser humano também possuem graus de agressão inatos.
Por que mascamos chicletes?
“Nossos dentes são violentos em função de nossa herança animal: unhas e dentes são suas únicas armas de defesa. Nossos dentes são, basicamente, uma arma; por isso as pessoas matam a comida com os dentes. Nesse sentido, quanto mais violento você for, mais precisará de comida. Mas há um limite para a comida; por isso, as pessoas também fumam ou mascam chiclete. Isso é violência. Você gosta porque está matando algo com os dentes, moendo algo com os dentes e, por isso, masca chiclete”, explicou Osho, escritor e professor de filosofia da Universidade de Jabalpur, da Índia, em seu livro “Meditation for Busy People” (Meditação para Ocupados, em português).
O processo de morder e mastigar chicletes ou outros alimentos permite a liberação do que os psicólogos chamam de impulsos agressivos dentários. E quando esse mascar ou morder não vem pela fome, ele pode ser considerado uma forma de externalizar essa raiva contida.
Mascar chicletes com muita frequência, por exemplo, pode também ser um dos fortes sintomas de ansiedade e estresse, explica o psicólogo americano Hans Selye, um dos primeiros estudiosos a tentar definir o que é estresse, em seu livro “Stress in health and disease” (Estresse na saúde e na doença, em tradução livre). Será que é o seu caso?
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