5 provas científicas para combater a homofobia

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Na natureza, o relacionamento e a sexualidade entre indivíduos do mesmo sexo nunca foi algo estranho. Fomos nós, seres humanos, que passamos a considerar esse fato como anormal. Salvas raras exceções, a homossexualidade tem sido condenada por todas as sociedades do mundo.

A homofobia e os maus tratos com os homossexuais não são nenhuma novidade e, entre tantos mitos e mentiras que são proferidos sobre o assunto, os homossexuais já escutaram dezenas de acusações. Tais como: gays não têm o direito de se casar; são inaptos para a paternidade/maternidade; são incapazes de manter relações afetivas por muito tempo e até que são mais propensos à pedofilia.

Provas para combater a homofobia

Você verá diversos estudos que vão derrubar esses estúpidos argumentos.
 
5. A homossexualidade não é algo natural

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Já falamos aqui sobre a homossexualidade no reino animal e como na natureza isso é muito mais comum do que se possa imaginar. Conhecem-se várias espécies de animais homossexuais e sabe-se que isso tem muito a ver com a sobrevivência, com o fortalecimento dos laços sociais e com as adaptações biológicas e também evolutivas das espécies.

A teoria de que a homossexualidade não é algo natural e que os homens é falsa. Além do ser humano, entre as mais de 1.500 espécies animais que possuem comportamento homossexual,  estão os chimpanzés; os pinguins; os cisnes; os bisões; as girafas e diversas aves. Sobre essa temática, a bióloga Janet Mann, da Universidade de Georgetown, assegura: “Nem todo ato sexual tem uma função reprodutiva.”

4 – Os relacionamentos homossexuais não são duradouros

Um dos maiores estereótipos homossexuais é aquele que assegura que as relações amorosas entre pessoas do mesmo sexo não são duradouras e inclusive não são “tão reais” como os relacionamentos heterossexuais. Bom, esse argumento não tem sustento algum. Uma série de estudos feitos a longo prazo, desenvolvidos por John Gottan (psicólogo e professor da Universidade de Washington) derrubou esse mito com dados certeiros.

Durante 12 anos, foram colhidos numerosos dados sobre o funcionamento dos relacionamentos de casais homossexuais e concluiu-se que 20% do total dos casais havia terminado nesse intervalo de tempo. O fato é que a porcentagem de separação entre casais homossexuais projetadas para os próximos 40 anos é mais baixa que as taxas de separação entre casais héteros. O professor Gottan revelou que o objetivo geral das pesquisas é fazer com que as pessoas se libertem de todos os estereótipos acerca das relações homossexuais e tenham mais respeito com o relacionamento de pessoas do mesmo sexo.

3 -A maioria dos pedófilos é gay

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A pedofilia é um dos piores crimes que existem.  Da mesma forma, o mito de que os homens gays são os que mais cometem esse tipo de abuso é uma das piores atrocidades. Por ambos os motivos, estudou-se muitíssimo sobre o assunto, e pesquisas determinam que a crença de que homens homossexuais são pedófilos em potencial é um mito. Em 1989, o físico e sexólogo checo-canadense Kurt Freund, do Instituto de Psiquiatria de Clarke (Canadá), conduziu uma pesquisa que mostrava fotografias de crianças e adolescentes de ambos os sexos a homens homossexuais e heterossexuais. Ao mesmo tempo em que mostrava as fotos, a pesquisa media e registrava a excitação sexual dos participantes. Os resultados indicaram que os homens heterossexuais se excitavam mais que os homossexuais, especialmente com as meninas.
 
Em 1994, Carole Jenny, pediatra e professora da Universidade do Colorado, apresentou um estudo em que entrevistou quase 270 milhões de crianças que foram abusadas sexualmente por adultos. Em 82% dos casos, o agressor mantinha um relacionamento heterossexual e pertencia a um ambiente próximo ao da criança. Somente em 2 dos 270 casos o criminoso era homossexual.

Gregory M. Herek, professor de psicologia da Universidade da Califórnia em Davis, afirmou que a investigação empírica não demonstra que os homossexuais ou bissexuais podem ser mais propensos à pedofilia, muito pelo contrário.
 
2 – Pais homossexuais são incapazes de criar uma criança

As pessoas que se opõem ao casamento homossexual também se opõem à adoção por parte destes casais e alegam que ter pais do mesmo sexo não é bom para a criança. Mas, novamente, as estatísticas mostram que isso não só não passa de uma grande mentira como, na verdade, crianças criadas por pais do mesmo sexo se saem melhor do que aqueles que foram criadas por pais heterossexuais.
 
Além disso, estudos similares apontaram que as crianças que são criadas por dois pais ou duas mães são menos propensas a participar de atividades criminosas e a cometer atos de vandalismo (brigas, roubos, invasão de propriedade privada, etc). “A ciência demonstra que as crianças criadas por pais do mesmo sexo se desenvolvem igual ou melhor que crianças criadas por um pai e uma mãe.”, disse Timothy Biblarz, sociólogo da Universidade Do Sul da Califórnia.
 
1 – A homossexualidade é uma opção e pode ser curada

 A ideia de que a homossexualidade é uma doença é uma crença comum dentro de comunidades religiosas. Muita gente afirma que ser homossexual é uma opção ou uma doença e que, seguindo o “caminho certo, o problema pode ser curado”.

A ciência, mais especificamente, a genética, afirma que muito mais que uma opção, existem evidências abundantes de que a atração homossexual é por um lado uma questão genética e, por outro, está muito relacionada a uma base biológica.
 
Para provar se os genes têm relação com a homossexualidade, os pesquisadores analisaram e compararam gêmeos idênticos (compartilham os mesmos genes) e gêmeos fraternais (compartilham cerca da 50% dos genes). Os estudos demonstraram que praticamente todos os gêmeos idênticos compartilham a mesma orientação sexual, seja ela homossexual, bissexual ou heterossexual, o que não ocorre da mesma forma com os gêmeos fraternais. Por fim, esses estudos indicam claramente que pode existir um fator genético que determina a orientação sexual dos seres humanos.
 
Outro estudo tem demonstrado que determinados fatores biológicos como a exposição hormonal do útero também podem influenciar na orientação sexual do indivíduo. “Os resultados aprovam a teoria de que existem diferenças no sistema nervoso central entre indivíduos heterossexuais e homossexuais e que elas estão possivelmente relacionadas com fatores precoces no desenvolvimento do cérebro”, afirma Sandra Witelson, neurocientista da universidade de McMaster, em Ontario.

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