Santo casamenteiro > Milagreiro mesmo!

Já com a estudante Jaqueline Pacheco, Santo Antônio não precisou apelar para a violência física para resolver o seu problema. Foi rápido e eficiente. “A simpatia era a seguinte: pegava uma imagem dele de chumbo, amarrava com um barbante virgem e mergulhava de cabeça para baixo num copo d’água branco, também virgem. E pedia para ele para resolver o encalhe. Cinco dias depois, numa festa da rua, eu conheci meu namorado. Estou com ele há três anos”, conta ela, que faz questão de confirmar a competência do santo com histórias das primas e irmãs. “Todo mundo aqui em casa que fez, saiu do osso. Ele é milagreiro mesmo”, afirma.

Já peço pela minha filha, que está com seis anos, mas que merece um bom partido no futuro.

Tanto que a orientadora educacional Luciana Soares virou devota de carteirinha, depois de peregrinar pelas igrejas do santo. “Tinha uma igreja de Santo Antônio do lado da casa da minha avó, quando eu era mais nova. Sabia da fama de casamenteiro, mas não acreditava muito. Até que, um dia, resolvi entrar na missa e rezar muito para que ele me arranjasse um namorado decente porque, naquela época, só me aparecia bucha. Comecei a ir lá toda semana, comprei uma imagem, coloquei no meu quarto, dava flores para ele, acendia vela”, lembra Luciana.

Foi assim por exatos quatro meses, até que o milagre aconteceu. “Uns três dias depois do dia de Santo Antônio, fui à festa junina do colégio onde eu estagiava e conheci um cara, que era irmão de uma professora. Isso já tem dez anos. Casamos, tivemos dois filhos e estamos planejando o terceiro”, conta ela, que continua indo à igreja todos os meses agradecer pela graça alcançada. E também fazer uns pedidos, porque ninguém é de ferro. “Já peço pela minha filha, que está com seis anos, mas que merece um bom partido no futuro”, brinca ela. Amém!