Planta barba-de-velho

Utilizada na fabricação de móveis, no combate a hérnias e até para medir a poluição do ar, a planta  barba-de-velho se destaca pela aparência de musgo.

Presente dos pântanos ao sul dos Estados Unidos até as matas argentinas, a barba-de-velho (Tillandsia usneoides) sempre chama atenção no alto das árvores. Apesar da textura da folhagem, que lembra musgo, e da estrutura pendente, tal qual uma trepadeira, pertence à família das bromélias (Bromeliaceae).

Também conhecida no Brasil por barba-de-pau, camambaia e musgo-espanhol, aprecia ambientes com temperaturas amenas e alta umidade do ar e é marcante nas matas das regiões Nordeste, Sudeste e Sul.

Vegeta a pleno sol ou à meia-sombra e possui hastes onduladas cobertas por minúsculas escamas acinzentadas. Pode chegar a 6 m de comprimento. Floresce raramente e sua reprodução é feita principalmente por crescimento vegetativo, com a ajuda do vento e dos pássaros, que a levam de uma arbórea a outra. Muitas aves, inclusive, utilizam os ramos da barba de-velho para confeccionar ninhos.

Já foi muito procurada pelos artesãos do País para compor móveis e preencher colchões, travesseiros e almofadas. Como possui propriedades antibiótica, antirreumática, adstringente e anti-hemorroidal, é empregada ainda hoje no combate a hérnias, úlceras e varizes.

Nos últimos anos, a espécie tem sido testada por pesquisadores de vários países para analisar a poluição atmosférica. Como a barba-de-velho não possui raízes desenvolvidas, absorve água e nutrientes diretamente por meio de suas escamas. Esta característica permite à planta reter as partículas de poluição presentes na atmosfera, indicando como está a qualidade do ar na região em que vegeta.

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