Ele é experiente, sedutor, inteligente, protetor e levemente grisalho. Sim, você está apaixonada por um homem mais velho. Se por um lado, ele transmite segurança, por outro, bate aquele medo de ele te achar uma boba. A sua família torce o nariz. Suas amigas perguntam se os filhos dele são gatinhos. Já viu esse filme? Então, diga lá: quais são as dores e as delícias de se envolver com um homem mais velho?
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A usuária Síntia já namorou homens mais velhos e mais novos, e diz preferir os primeiros. “Acho que a idade não tem nada a ver. O que importa é a maturidade”, salienta. Para ela, mais importante que a idade na carteira de identidade é a idade mental. “Tem caras mais novos que têm uma cabeça legal e outros com uma certa idade que são uns bobões”, diz. Síntia ressalta que um dos problemas a enfrentar diante da diferença de idade é a cara feia dos amigos e familiares. Não dá bola: “Deixo quem quiser falar”. E sugere: “Ninguém tem nada a ver com sua vida, não pagam suas contas, então viva com intensidade e seja feliz!”.
Há mulheres que se sentem atraídas por homens mais velhos com quem constroem belas histórias de amor. Outras, como a usuária Ana Carol, não viveram uma experiência tão boa assim. “Fui apaixonada por um bem mais velho que eu, metido a intelectual, bem-pensante e coisa e tal. Eu achava ele ‘o cara’. Só que ele fez pouco caso de mim”, conta, dizendo que o sujeito sumia e a ignorava. Até que um dia ela virou o jogo, falou tudo o que estava engasgado na garganta e deixou de atender a seus telefonemas. “Eu achava que, só porque o cara era mais velho, também seria mais maduro. Ledo engano”, lamenta.
Namorada e madrasta
É comum que um homem mais velho venha com um kit completo, leia-se: ex-mulher e filhos que podem se opor à relação. Ou não. Os filhos podem se tornar seus enteados queridos, como no caso da usuária Sarinha. Ela namora um homem 13 anos mais velho, pai de uma menina de 8 anos. “No início fiquei com medo de ela não me aceitar, mas quando a conheci, vi que era um doce de menina”, lembra ela, que tratou de quebrar o gelo logo no primeiro dia em que conheceu a criança – as duas foram sozinhas ao cinema. “Não tive dúvida de que fui aceita, o que me deixou muito feliz e, com certeza, ao pai dela também”, diz Sarinha que passa as férias com a menina.
Um homem mais velho pode oferecer um olhar diferente ao lidar com os problemas, que só a experiência traz
“Nossos programas são praticamente voltados para ela: faço questão de levá-la ao parque, cinema, festinhas, brincar. É maravilhoso ter uma criança em casa”, revela Sarinha, fã da enteada. “Meu namorado morre de rir quando vê a gente correndo de um lado para o outro. Deve imaginar ‘duas crianças brincando’!”, ri. “O importante é conversar bastante, mostrar que o relacionamento com a mãe dela acabou e que o pai conheceu uma outra pessoa. Claro, tem que falar com muito jeito”, sugere Sarinha, ressaltando que não vale esconder a situação por muito tempo, pois quando ela descobrir pode se sentir enganada.
Conversar sempre
A psicóloga Maíra P. B. Dourado afirma que as mulheres que se interessam por homens mais velhos buscam estabilidade e segurança afetiva. “Um homem mais velho pode oferecer um olhar diferente ao lidar com os problemas, que só a experiência traz: um olhar mais sereno, sem tantas expectativas”, explica ela.
Em contrapartida, um relacionamento em que há diferença de idade costuma ser vítima de preconceito social. “O senso comum diz que um homem mais velho não tem o mesmo pique de vida que uma jovem mulher. É como se o relacionamento fosse fazer com que ela envelhecesse mais rápido”, explica a psicóloga, salientando que a mulher não deve dar valor a esse tipo de julgamento e sim aos seus próprios valores. “Não se pode dar ouvidos aos preconceitos. É necessário ter segurança das suas escolhas, através da sua própria experiência de vida”, afirma Maíra, defendendo que o homem mais velho dificilmente se deixa influenciar.
Para a psicóloga, a existência de filhos pode tornar a situação delicada não só pela chegada de uma nova mulher, mas pela fragmentação da família. “Ao ver o pai com uma nova mulher, ainda mais sendo esta jovem, pode acontecer uma competição na qual o filho se sente preterido”, explica Maíra. Os conflitos ficam mais intensos na pré-adolescência, por volta dos 10, 11 anos da criança. “Haverá o momento da aproximação, seguida do teste para avaliar se a mulher vai realmente se manter namorada do pai e os conflitos. Se a mulher conseguir ultrapassar esses estágios, pode haver uma boa relação, baseada em conversa e clareza”, ensina ela. “Que esteja na mão do pai o leme deste barco”, finaliza.
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