Por ser neta de alemães e italianos, cresci ouvindo histórias sobre a Segunda Guerra Mundial, o que me tornou muito interessada no assunto. Um aspecto que sempre notei nas histórias contadas pelas minhas avós é que, mesmo em meio a barbárie, elas (que eram crianças na época) e seus irmãos conseguiram criar um mundo à parte onde, por alguns momentos, conseguiam viver como crianças, isso até estourar a próxima bomba.

O filme é extremamente sensível e mostra a visão dessas duas crianças a respeito do que ocorre em suas vidas

“O Menino do Pijama Listrado” foi um filme indicado pela minha avó, que mostra um pouco desse universo infantil na Segunda Guerra. No filme, Bruno é filho de um soldado alemão do alto escalão que é transferido com toda a família do centro de Berlim para um região afastada e muito próxima a um campo de concentração.

A mãe de Bruno tenta de todas as formas criar um universo paralelo para que seu filho não saiba o que ocorre além dos muros da casa porém, como toda criança, ele quer sair, passear, brincar e conhecer o mundo. Para isso, Bruno escapa de casa algumas vezes e vaga sozinho pelo bosque à procura de diversão. Num desses passeios Bruno pensa ter encontrado uma fazenda e lá ele conhece Shmuel, de quem vira grande amigo. O que Bruno não sabe é que Shmuel é judeu e a fazenda na verdade é um campo de concentração.

O filme é extremamente sensível e mostra a visão dessas duas crianças a respeito do que ocorre em suas vidas. Bruno não entende o sofrimento de Shmuel e este por sua vez cria um mundo à parte dentro do campo de concentração e não faz idéia do que realmente o espera.

“O Menino do Pijama Listrado” traz uma visão totalmente diferente da Segunda Guerra e nos dá uma lição de esperança e de pureza que só existe nas crianças. Nada como conseguir viver feliz e ver sempre o lado bom das coisas.

Outros dois filmes imperdíveis sobre Segunda Guerra:

– O Pianista – http://www.netmovies.com.br/titulo/O-Pianista.html
– Matemática do Diabo – http://www.netmovies.com.br/titulo/Matematica-do-Diabo.html

Carla Felici, formada em Publicidade, trabalha na área de marketing e comunicação. No quesito filmes, segue a rotina de suas preferências: quanto mais diferente melhor. Adora aquele filme que ninguém gostou, naquele idioma que quase ninguém entende (nem ela, afinal para que servem as legendas?). Ama aquele ator exótico e humor negro, mas odeia terror.