Há bilhões de anos, todos os dias, partículas de poeira interestelar atingem a Terra e se alojam por todos os lados, inclusive no telhado da sua casa.
“Seu carro está coberto com poeira cósmica. Nós a inalamos. Nós a comemos toda vez que comemos alface. Mas normalmente, ela é incrivelmente difícil de encontrar”, explicou o astrônomo Donald Brownlee, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, ao site de notícias do New York Times.
Poeira espacial na Terra
A poeira nada mais é do mais do que restos de corpos celestes, como estrelas cadentes, por exemplo, que se desintegram quando passam pela atmosfera da Terra, ou se chocam com asteroides. São fragmentos geralmente formados de carbono ou de silicato, mas podem conter hidrogênio, hélio e outros gases.
A origem do material pode ser da época do nascimento do sistema solar ou ainda de épocas mais recentes, como os encontrados pelo estudo publicado na revista científica Geology, com participação dos astrônomos Brownlee e Jon Larsen.
A maior parte não chega nem ao tamanho de um fio do cabelo humano. Muitos já foram encontrados na Antártica, na Noruega, em desertos remotos e outros lugares menos ocupados por pessoas.
Os micrometeoritos, como são chamadas as partes da poeira, já foram coletados de estradas, telhados, estacionamentos e áreas industrias de Oslo e outras cidades.
É difícil diferenciar o que é só sujeira terrestre do que é pó extraterrestre, só a aparência não é suficiente.
A investigação nas áreas urbanas mais populosas começou só nos anos 40, mas é um trabalho árduo já que a poluição atrapalha na hora de distinguir o que é o que.
É preciso analisar a parte química também para se ter certeza. A pesquisa faz parte do projeto “ Stardust”, iniciado em 2008.
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