Acreditem: uma nova espécie de libélula brasileira foi descoberta e pode ser a chave para a produção de protetor solar diferente: com propriedades impermeabilizantes, que não sai com água.
Libélula Ana
Ana foi o nome dado ao inseto, em homenagem à mulher do professor Rhainer Guilhermo Nascimento Ferreira, líder do estudo.
O inseto foi encontrado em duas regiões brasileiras: em uma reserva em Uberlândia, Minas Gerais, e no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. A diferença dele para outros do mesmo gênero, Erythrodiplax, é a mancha marrom na ponta das asas e a cera azulada no corpo do macho.
A fêmea não possui a mesma cera e tem cor alaranjada. Ela costuma ser encontrada apenas em locais com sombra, diferente do macho, já que a cera funciona para ele como um protetor solar.

A cera encontrada ainda está em análise mas, segundo os pesquisadores, em um futuro próximo o material, além de se transformar em protetor solar, também deve fazer parte de aparelhos ópticos por sua capacidade de reflexão, produtos que precisam ser impermeáveis, e até como indicador da qualidade da água (já que a cera também é capaz de identificar metais pesados e elementos de contaminação).
A pesquisa, que contou com a ajuda do aluno Diogo Vilela, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), iniciou em 2011 e agora segue em parceria com a Universidade de Kiel, da Alemanha. “Conhecemos muito pouco o que temos no país. E esse tipo de pesquisa, que é ciência base, é importante para descobrir elementos até então desconhecidos que a natureza nos oferece e buscar utilidade para eles”, apontou Ferreira, de acordo com o site da UFSCar.
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