DNA de um típico grupo norte-americano pode ter segredo da longevidade, diz estudo

O “elixir da longevidade” pode ser encontrado no DNA de um tipo grupo social e religioso, extremamente conservador, que usa trajes sóbrios, leva uma vida bastante simples e apresenta relutância em adotar tecnologias como carros, celulares e outras inovações: os Amish.

Grupo religioso pode ter o segredo da longevidade

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Northwestern, EUA, membros mais velhos da tradicional comunidade cristã carregam um gene que os ajuda a viver pelo menos 10 anos a mais do que a média.

Para chegar à conclusão, os cientistas analisaram um grupo Amish que viveu em isolamento geográfico e genético em Berne, Indiana, há centenas de anos.

Foi descoberto que, de 177 membros do grupo, 43 homens carregavam uma versão não funcional do gene SERPINE1, que é responsável por produzir uma proteína que parece encorajar a morte celular e o encurtamento dos telômeros, o que protege a extremidade dos cromossomos e impede o DNA de se danificar.

A rara mutação no gene Serpine1 foi associada pelos cientistas a um aumento médio de 10 anos na expectativa de vida do portador, além garantir um metabolismo mais saudável e maior resistência a diabetes.

Os Amish são obrigados a se casar com membros da própria comunidade e, portanto, tendem a apresentar grandes semelhanças genéticas entre si. Se por um lado o fato aumenta a disseminação de doenças hereditárias, por outro ele beneficia grande parte do grupo quando um gene ou mutação se mostra vantajoso.

Os cientistas dizem que a descoberta, divulgada pela revista Science, joga nova luz sobre o processo de envelhecimento e pode sugerir uma maneira de prolongar a vida através da busca de proteínas ou genes que possam ser usadas na composição de medicamentos.

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