Jovem que não queria “morrer para sempre” teve corpo congelado na Inglaterra

A história de uma jovem adolescente de 14 anos está comovendo o mundo. A garota britânica conhecida como JS, tinha um tipo de câncer raro, mas não queria morrer “para sempre”. Ela queria ter o corpo congelado após sua morte, pois tinha esperança de ser ressuscitada pela ciência. 

A menina, então, convenceu a mãe a entrar com um processo para conseguir a liberação da justiça para a realização do procedimento, como informa o site de notícias da CNN.

A técnica chamada de criogenia foi liberada depois de aprovação judicial em Londres, na Inglaterra.

“Só tenho 14 anos e não quero morrer, mas sei que vou. Eu não quero ser enterrada. Quero viver uma vida longa. Eu acho que no futuro podem achar a cura para o meu câncer e me acordarem. Quero ter essa chance. Esse é o meu desejo”, dizia a carta da menina para o juiz.

O pai, que não via a menina há mais de 8 anos, não era a favor. “Ainda que o tratamento dê certo e ela volte à vida em 200 anos, ela não vai encontrar nenhum parente e talvez nem se lembre das coisas. Pode ficar em uma situação desesperadora e vai estar nos Estados Unidos”, disse ele.

A jovem não conseguiu comparecer ao tribunal para a audiência, mas seu pedido foi atendido ainda antes que ela morresse. O método custou cerca de 37 mil libras (em torno de R$ 154 mil) e a família de JS teve ajuda de voluntários e também de um hospital.

Congelamento humano

A criogenia foi realizada oito dias depois da morte da menina, pelo instituto Cryonics, nos Estados Unidos, que junto à Rússia, são os únicos lugares do mundo ao realizar o procedimento, com mais de 100 casos registrados, desde 1960.

A técnica – que é a mesma usada para congelar embriões e esperma – consiste em substituir o sangue por uma solução com medicamentos para estabilizar o funcionamento das células e congelar corpo em duas etapas de resfriamento com nitrogênio.

O corpo fica com uma temperatura em torno de 196 graus negativos para preservar tecidos, órgãos e o cérebro. Cientistas não garantem, mas também esperam que a memória e as lembranças da adolescente fiquem preservadas.

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