Nova fortaleza descoberta mostra que Vikings eram muito evoluídos para sua época

Se quando você pensa nos Vikings imagina um pessoal beberrão, briguento e com capacetes de chifre em cima de navios, talvez essa visão esteja enganada. Uma recente descoberta na Dinamarca mostra como a civilização milenar foi extremamente tecnológica.

Fortaleza Viking era complexa e tecnológica

Chamada de Borgring, a fortaleza foi construída entre os anos de 970 e 980 e descoberta por arqueólogos na ilha dinamarquesa da Zelândia. A complexidade da construção mostra preparo e tecnologia tanto na organização social quanto para o conflito militar, como atenta o estudo realizado pela Universidade de Cambridge.

Em forma de anel, a fortaleza é circundada por madeira e terra, assim como a outras fortificações Vikings encontradas tanto na Dinamarca quanto Suécia (que é o caso da foto abaixo). 

É um perfeito círculo de 144 metros no diâmetro com quatro portões que, internamente, são interligados por estradas de madeira.

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Forma perfeita para fortalezas

Os arqueólogos dinamarqueses defendem que a forma de círculo é ideal para fortalezas. Ela engloba a maior área possível dentro da menor circunferência.

“Mas não há necessidade de torná-lo um círculo perfeito, e é isso que distingue as fortalezas de anel da era Viking. Alguém com magníficas habilidades de levantamento de terras estava envolvido neste trabalho de construção”, disse um dos arqueólogos envolvidos no estudo Søren Michael Sindbæk, à revista especializada  Science.

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Quinta construção Viking descoberta na Dinamarca

Na década de 1930 arqueólogos encontraram nas terras dinamarquesas outras quatro fortalezas desse mesmo tipo circular, conhecidas pela categoria Trelleborg. Isso ajudou a mudar a visão que se tinha dos Vikings na época, de um povo bruto e pouco inteligente.

Por mais de 60 anos nenhuma outra foi descoberta. Até que, em 2014, arqueólogos usaram um sistema de radar de alta resolução que envia sinais de laser e retorna as informações obtidas num mapa em 3D. Demorou três anos para o estudo ser publicado, e foi somado ao sistema levantamentos geofísicos e escavações direcionadas.

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