“O gênio está fora da lâmpada. Temo que a inteligência artificial possa substituir os humanos completamente”. Um dos mais brilhantes físicos de sua geração, Stephen Hawking afirmou em entrevista à revista de ciência e tecnologia norte-americana Wired o seu medo de que em um futuro recente, robôs dotados de inteligência artificial possam superar a raça humana em todos aspectos.
Robôs e inteligência artificial, segundo Hawking
O físico de 75 anos entende que o progresso do desenvolvimento das inteligências artificiais está bastante acelerado, mas que o resultado é uma incógnita: se homens e máquinas colaborarão mutuamente ou se haverá disputa por recursos do planeta.
“Acredito que chegamos a um ponto sem volta. A Terra está se tornando muito pequena para nós, a população global está aumentando em um ritmo alarmante e corremos risco de nos autodestruir”, acrescentou Hawking, segundo a plataforma científica Futurism.
A possibilidade é que em breve máquinas inteligentes serão capazes de produzir máquinas ainda mais inteligentes e logo nós estaremos obsoletos – a teoria mais pessimista diz que isso irá ocorrer em 30 anos.
Solução: governo mundial e mudança para Marte
Stephen Hawking não é o único a temer pelo futuro da humanidade. Nos últimos anos, grandes mentes contemporâneas já deram declarações semelhantes. É o caso de Bill Gates, fundador da Microsoft, de Elon Musk, fundador da SpaceX e Tesla, e de Ray Kurzweil, cientistas e engenheiro chefe do Google.
Todos eles têm a mesma resposta para salvar a nossa espécie: sair da Terra. Em outra entrevista, concedida à rede britânica BBC, Hawking afirmou estar convicto de que a humanidade precisa deixar o planeta em um prazo máximo de 100 anos.
Mas antes disso, será preciso criar uma espécie de grande governo mundial para administrar a tecnologia; caso contrário, ela poderá ser usada em guerras de proporções globais.
“Desde que a civilização começou, a agressão tem sido útil na medida em que traz vantagens de sobrevivência definitivas. Agora, no entanto, a tecnologia avançou a um ritmo tal que essa agressão pode nos destruir por guerra nuclear ou biológica. Precisamos controlar esse instinto herdado por meio de nossa lógica e razão”, concluiu o cientista.
Homem em Marte
Em outubro de 2017, Elon Musk divulgou uma notícia que deve ter alegrado o cientista. Musk prometeu que em 2024 enviará o primeiro foguete para Marte com a intenção de começar a preparar o planeta para uma colônia humana. A Nasa já divulgou também que planeja enviar a primeira equipe de astronautas ao planeta vermelho em 2030.
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