Pessoas preguiçosas demais têm cérebro com característica diferente (e incrível)

por | set 1, 2016 | Ciência

Uma equipe de cientistas norte-americanos resolveu pesquisar a relação entre atividade cognitiva e atividade física de uma pessoa. E, surpreendentemente, desvendou que, pelo menos durante os dias úteis, as pessoas que usam mais o cérebro acabam exercitando menos o corpo. Até aí, tudo parece normal. Quem se esgota intelectualmente numa rotina árdua semanal consegue também ter pouca energia para a atividade física.

Entendendo as diferenças

Para chegar a essa conclusão, o estudo analisou um grupo de voluntários com objetivo de entender melhor seu estilo de pensamento. Estes “cobaias” foram divididas entre pessoas que pensam mais e que pensam menos, segundo a escala de Necessidade de Cognição.

Na verdade, escala é um ranking que avalia o quanto as pessoas gostam de desafios mentais. De um lado, os mais pensantes consideram divertido encontrar soluções lógicas para problemas complexos e têm uma tendência maior a ficar viajando em pensamentos abstratos. De outro, estão as pessoas que não têm um prazer especial em pensar demais. Preferem pessoas a pensamentos (e, geralmente, são melhores para reconhecer emoções).

Os pesquisadores separaram estes dois perfis de pessoas em grupos iguais de 30 voluntários. Cada um recebeu uma pulseira que acompanhava sua prática de atividade física detectando os movimentos dos voluntários por sete dias.

O que acontece?

Depois de uma semana de testes, os cientistas concluíram que as pessoas que apreciam mais atividades cognitivas se exercitavam muito menos que as outras. Não apenas correndo no parque ou encarando um treino de academia, mas também o tempo que passavam de pé ou até se deslocando ao banheiro.

Uma das possíveis explicações é que, segundo pesquisas anteriores, pessoas com menos exigência de cognição se entendiam mais facilmente. Com isso, elas tendem a mudar mais de ambiente para conseguirem variar os estímulos que recebem. Já os “nerds” clássicos conseguem se distrair internamente por mais tempo.

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