Você sabia que a cada mil tartaruguinhas que eclodem dos ovos apenas uma ou duas – em média – alcançam a vida adulta? A maioria morre ainda pequenina, devorada por predadores como siris, aves, polvos e peixes, ou adoecem e morrem de fraqueza.
E essa fraqueza tem muito a ver com o esforço que elas fazem para deixar os ninhos na praia e chegar ao mar – onde partem para encontrar alimentos e crescer. Os ovos de tartaruga ficam enterrados em buracos de 40 cm ou 50 cm de profundidade, dependendo da espécie. Sair desse montão de areia exige um grande esforço dos pequeninos.
Tartaruga bebê
Recentemente, uma pesquisa feita por cientistas da Universidade da Malásia chegou à conclusão que a presença de muitos ovos em um mesmo ninho pode ser fundamental para a sobrevivência da espécie. Isso ocorre porque os “irmãozinhos cascudos” acabam se ajudando no processo de escavação para fora dos ninhos. Enquanto uns descansam um pouco, outros cavam, e vice-versa. Com a energia economizada, eles têm mais saúde para chegar ao mar e sobreviver.
Esta pesquisa é importante, uma vez que muitos projetos de preservação das tartarugas marinhas agem fazendo o oposto: dividindo a ninhada em vários buracos a fim de supostamente facilitar a desova. Vale lembrar que a mamãe tartaruga coloca, em média, 120 ovos na praia. O melhor, segundo o estudo recente, é deixar os irmãos se virarem juntos.
A natureza é sábia.
Tartaruga? Jabuti? Cágado? Afinal, qual a diferença entre estes répteis cascudos?





