A ciência e a tecnologia têm como objetivo principal ajudar a humanidade a resolver seus problemas, especialmente os mais urgentes, como o desmatamento de florestas.
A Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas estima que 3,9 milhões de hectares de floresta foram perdidos na África apenas nos últimos 10 anos.
Para tentar evitar o desmatamento, um estudante ucraniano desenvolveu, em 2016, um método de aproveitar a celulose das folhas das árvores para criar papel.
Valentyn Frechka, então com 16 anos e membro da Academia de Ciências da Juventude Ucraniana, começou a experimentar a ideia no laboratório da escola e, posteriormente, a apresentar o seu projeto em grandes concursos universitários.
O aluno pretendia desenvolver sua inovação para fins comerciais, pois é mais barato criar papel a partir de folhas, além de não haver necessidade de cortar uma única árvore no processo.
Em 2019, ele conseguiu patentear o seu processo de reciclagem de folhas caídas e, em apenas um ano, conseguiu fundar a empresa RE-Leaf PAPER.
Meses depois, Valentyn conseguiu o financiamento necessário para que sua empresa tivesse uma planta industrial com capacidade para processar 20 mil toneladas de folhas de árvores por ano.
O papel que eles produzem é espesso o suficiente para escrever ou desenhar, além de ser perfeito para uso em impressoras.
Mas a empresa de Valentyn não se limita apenas ao papel de escritório, ela também pode fazer papelão de diferentes espessuras.
Em 2020, a RE-Leaf PAPER fez parceria com a marca Canopy para oferecer a outras empresas de papel a capacidade de abandonar o corte de árvores e substituir madeira por folhas caídas em seus processos de produção.
Valentyn e seus parceiros também incentivam a sociedade ucraniana a participar ativamente da preservação das florestas, plantando árvores e outras atividades que ajudam o meio ambiente.
O processo de criação de papel
O primeiro passo para a criação desse tipo de papel é coletar as folhas das árvores de parques, praças e outros locais públicos e transportá-las para a usina de processamento. As folhas são limpas e é adicionado a elas um produto químico especial que extrai as fibras essenciais para fazer o papel.
O material obtido é lavado para a retirada de restos indesejados e colocado em uma máquina que transforma a polpa em folhas, que depois são secas. Dependendo do uso pretendido, essas folhas são colocadas em rolos ou passadas para outro processo para criar papelão ou outros materiais.
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