Família Imperial Brasileira tem mais de 30 “princesas” e até disputa interna

O Brasil deixou de ser monarquia há muito tempo, mas ainda existem herdeiros da Família Imperial brasileira que mantêm hábitos herdados da época dos imperadores e circulam por aí com toda a pompa de ser um “Orleans e Bragança”.

Abaixo, o VIX separou 12 curiosidades sobre esta família, que atualmente tem mais de 30 princesas e até briga entre dinastias.

Curiosidades sobre a Família Imperial brasileira

O primeiro na “linha do trono”

Intitulado como Chefe da Casa Imperial do Brasil, que é uma entidade cívica sem fins lucrativos que coordena as atividades monárquicas no País, Dom Luiz Gastão de Orleans e Bragança seria nosso imperador atualmente, caso o Brasil fosse uma Monarquia.

Ele é bisneto da Princesa Isabel, tem 81 anos e nasceu na França. Como nunca se casou e não teve filhos, o segundo na linha de sucessão é D. Bertrand de Orleans e Bragança, o terceiro irmão mais velho da família (o segundo, D. Pedro Henrique, renunciou aos direitos dinásticos)

Ele seria tratado por um pronome de tratamento bem longo

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Segundo a Constituição de 1824, caso se tornasse imperador, seria chamado de Dom Luiz, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.

Existem mais de 30 princesas e a mais popular é Paola Orleans e Bragança

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Trineta de Princesa Isabel, Paola Maria de Bourbon Orléans e Bragança Sapieha é modelo nascida em Londres. Ela morou boa parte de sua infância em Petrópolis, no Rio de Janeiro e se formou em Design. Atualmente, se dedica a peças de cerâmica.

João Orleans e Bragança, o Dom Joãozinho, é fotógrafo

Bisneto da Princesa Isabel e tataraneto de Dom Pedro II, Dom Joãozinho é um fotógrafo profissional e também dono de pousada em Paraty, no Rio de Janeiro.

A fotografia, aliás, era uma paixão de seu tataravô – que foi um dos primeiros fotógrafos do Brasil.

Filha de Dom Joãozinho, princesa Maria Cristina, é escritora e tem Síndrome de Down

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A jovem é escritora e publicou dois livros infantis.

6. Quem mora em Petrópolis (RJ) paga uma taxa do imóvel à Família Imperial

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Instituída em 1847, a “taxa do príncipe” recai sobre a compra e venda de imóveis no Centro de Petrópolis. O laudêmio equivale a 2,5% sobre o preço de mercado do imóvel.

A taxa é cobrada de casas localizadas na área da Fazenda Córrego Seco, pertencente a Dom Pedro II.

Em 1993, houve plebiscito para decidir entre Monarquia e Presidencialismo

Sete milhões de eleitores votaram pela volta do regime monárquico frente a 37,1 milhões que escolheram a permanência do presidencialismo.

A bandeira monárquica tem referências às Casas de Habsburgo e de Bragança

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A bandeira monárquica é bem parecida com a bandeira republicana e foi criada em 1822, em virtude da Independência do Brasil. O amarelo representa a Casa de Habsburgo, da Imperatriz Leopoldina da Áustria, e o verde, a de Bragança (D. Pedro I). Ainda é usada por movimentos pró-monarquia.

Um dos membros da família morreu em um acidente de avião em 2009

Dom Pedro Luiz, sobrinho de Dom Luiz Gastão, morreu no acidente do voo 447 da Air France, que ia do Rio de Janeiro para Paris, e caiu no Oceano Atlântico.

Assim, o seu lugar na linha de sucessão passou para Dom Rafael Antonio, que o ocupa o quarto lugar. Aos 32 anos, Rafael é engenheiro e morra na Inglaterra.

Há dois ramos da família: o de Petrópolis e o de Vassouras

O Ramo de Petrópolis é formado por descendentes de D. Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, que renunciou o título de Príncipe Imperial do Brasil para que pudesse se casar com a condessa Elisabeth de Dobrzenicz.

Assim, caso o Brasil voltasse a ser liderado por um monarca, o herdeiro presuntivo seria seu irmão, D. Luís Maria Filipe, e seus descendentes diretos que compõem o chamado Ramo de Vassouras.

Os dois lados permanecem em disputa há décadas para deter o título dinástico legítimo.

Eles mantêm o costume de ter muitos sobrenomes

Como o da princesa Amélia Maria de Fátima Josefa Antônia Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orleans e Bragança.

O processo judicial mais antigo do Brasil envolve a Princesa Isabel

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É provável que o processo judicial mais antigo do Brasil envolva a Família Imperial e a União. Em 1895, a Princesa Isabel entrou com ação para pedir posse do Palácio de Guanabara que, depois da Proclamação da República, se tornou patrimônio da União.

Em 1955, o processo foi retomado pelos herdeiros reais e teve um resolução só em 2018. Depois de 123 anos, o STJ decidiu que o palácio pertence de fato à União.

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