Entender suas necessidades e identificar qual o seu perfil de investidor são as dicas de Julio Medina, superintendente financeiro da MetLife. Ele esclarece as principais dúvidas sobre o assunto.
O que levar em consideração ao escolher um plano?
Inicialmente você deve entender sua necessidade. Se você é um assalariado e ainda não atingiu os 12% de dedutibilidade do IR, neste caso o PGBL é a melhor opção. Se você já atingiu os 12% ou não é assalariado, a melhor opção é o VGBL. Para aplicar no PGBL é preciso fazer a declaração completa (porque é a única que tem a opção para declarar e receber o abatimento) e contribuir com o INSS (pelo menos o valor mínimo). Portanto, o que define se a contribuição deve ser no PGBL ou VGBL é o tipo de declaração que é feita pelo cliente. O regime de tributação vai depender do prazo que você pretende “sacar” o dinheiro aplicado. Se a intenção é fazê-lo no longo prazo é aconselhável o regime regressivo. Se a intenção é no curto prazo, a sugestão é o regime progressivo.
Existe uma idade mínima para começar?
Não, o plano de previdência pode ser iniciado em qualquer idade. No caso de plano PGBL, as contribuições podem ser dos pais, desde que o menor seja dependente do mesmo no Imposto de Renda. As contribuições podem ser deduzidas do imposto de renda até o limite de 12% respeitando a regras da receita federal.
Qual o valor mínimo para ser investido?
O mais comum é o investimento de um valor de cerca de R$ 50,00 para os planos PGBL e VGBL. Vale destacar que, quanto maior o valor de aplicação, maior será o seu benefício no futuro. Da mesma forma, quanto maior a sua contribuição, melhores taxas de investimentos você irá obter. Portanto, antes do investimento é aconselhável uma pesquisa junto aos bancos e seguradoras com objetivo de se obter as melhores condições para você.
É possível tirar o dinheiro antes, num momento de emergência, pode?
Sim, porém, existe uma carência de 60 dias da data da aplicação que deve ser respeitada. Após este período o dinheiro pode ser sacado respeitando o intervalo de 60 dias de cada saque. Mas não é aconselhável, pois você irá interromper o ato de poupar para o seu futuro. Além disso, existe o impacto do Imposto de Renda sobre o saque. Por isso, antes de retirar o dinheiro do fundo de previdência, vale a pena verificar a possibilidade de obtê-lo através de outros tipos de investimentos, empréstimos, etc, desde que as taxas compensem.
Como saber qual o meu perfil de investimento?
Entender seu perfil é um ponto importante. Existem três tipos de perfis: conservador, moderado e agressivo. No perfil conservador estão aqueles que não gostam de muito risco, são investimentos mais seguros, porém a rentabilidade pode ser menor. Nos investimentos moderado e agressivo podem existir investimentos em ações e outros ativos como maior risco, são voláteis, não são tão seguros quanto o conservador, porém podem geram bons retornos se olharmos a longo prazo.
É melhor fazer um plano no próprio banco onde já tem conta?
Depende. O ideal é fazer uma pesquisa das opções oferecidas no mercado e compará-las com as do banco em que tem conta. Vários aspectos têm que ser considerados no momento da decisão, tais como rentabilidade, valor mínimo de aplicação, taxa de administração e taxa de carregamento. A probabilidade do seu banco oferecer um produto vantajoso é maior, pois a instituição já conhece seu perfil e suas necessidades. Mesmo assim, pesquisar é recomendável sempre.