E nada de testes em animais! Os produtos são todos experimentados em voluntários em laboratórios específicos. Os técnicos têm, ainda, que respeitar o ecossistema, usando métodos de cultivo e criação que mantenham o equilíbrio natural; não usar fertilizantes, pesticidas químicos ou herbicidas sintéticos e não usar organismos geneticamente modificados, entre outros. O Ecocert, por exemplo, exige que haja na fórmula um mínimo de 95% de ingredientes de origem natural e que pelo menos 95% dos ingredientes vegetais provenham da agricultura orgânica. “Cada produto precisa ser testado sob supervisão dermatológica e médica para garantir tanto o efeito visível quanto segurança. E é necessário haver sempre a preocupação de que todos os fornecedores apliquem os mesmos regulamentos”, ressalta Brena Barbarini, gerente de produto pleno da L´Occitane do Brasil.
Por fim, os cosméticos orgânicos devem promover mínimo impacto ambiental, tanto na produção quanto no descarte.
Cosmético orgânico x cosmético natural
Na hora de comprar um cosmético orgânico pode haver uma certa confusão. Além dos produtos 100% orgânicos, que têm 100% de matérias-primas orgânicas em sua formulação, existem também os chamados “produtos feitos com ingredientes ou matérias-primas orgânicas”. Estes precisam ter, no mínimo, 70% de matérias-primas certificadas como orgânicas.
Há também os cosméticos naturais, como é o caso das linhas Ekos, da Natura, e Nativa SPA, do Boticário. Além de não serem obrigados a seguirem a rígida legislação reservada aos produtos orgânicos, eles são fabricados da forma convencional – com apenas alguns ingredientes extraídos da natureza – e sua comercialização deve ser autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para serem classificados como cosméticos naturais, devem conter pelo menos 5% de matérias-primas orgânicas certificadas. O restante da formulação pode ser igual à dos cosméticos comuns.
Fique de olho
Se você tem dúvidas se o cosmético que você deseja comprar é mesmo orgânico, dê uma boa olhada na embalagem e procure os selos de certificação, que podem ser do Ecocert, BDIH ou Instituto Biodinâmico. Alguns também são certificados pela Vegan Society, que atesta que toda a matéria-prima usada na fabricação é de origem 100% vegetal. Somente esses selos garantem a qualidade, a segurança e a procedência do produto. Em caso de dúvidas, vale dar uma ligada no serviço de atendimento ao consumidor ou visitar o site do fabricante.