Faltam poucas semanas para começar as Olimpíadas no Rio de Janeiro – enquanto isso, notícias de atrasos nas obras, de repasses urgentes para custear novas estruturas e desorganização, infelizmente, ainda são recorrentes.
Há quem aposte que as Olimpíadas serão um fiasco. Há, também, quem aposte que, no fim, tudo dará certo.
Primeira Olimpíada na América Latina
Antes do Rio de Janeiro ser escolhido como sede das Olimpíadas, o Brasil ‘perdeu’ outras três vezes: duas com o Rio como sede, e outra com Brasília.
Em 2009, a delegação brasileira apostou no ineditismo – afinal, a América Latina ainda não tinha recebido nenhum evento esportivo desse porte.
Houve um investimento de mais de R$ 150 milhões em campanhas. A disputa foi bem acirrada: Rio de Janeiro disputou com Tóquio, Madri e Chicago para receber a edição de 2016 dos Jogos Olímpicos.
Chicago, que era favorita, foi a que recebeu menos votos: dos 94, levou apenas 18, e foi eliminado de primeira.
Na segunda etapa, Rio de Janeiro foi o mais votado, com 46, superando as outras duas cidades. A decisão foi ‘contra’ Madri: por 66 votos a 32, o Brasil tornou-se o primeiro país latino a sediar uma Olimpíada.
Bom momento do Brasil
Na época o Brasil estava numa boa situação financeira, apresentando boas taxas de crescimento econômico. Além disso, o Comitê Olímpico Internacional levou em consideração o fato de já ter sediado os Jogos Pan-Americanos e toda a preparação para receber a Copa do Mundo, em 2014.
Segundo o jornal New York Times havia um interesse social por parte do Comitê: “Ao escolher o Rio, poderia ajudar o Brasil a se desenvolver mais rapidamente e trazer todas as pessoas do continente próximas ao movimento olímpico”.
Infelizmente, não foi bem isso o que aconteceu: em 2009, quando foi escolhido para sediar as Olimpíadas, o Brasil apresentou uma retração no Produto Interno Bruto de 0,2%, após 17 anos de crescimento constante. Em 2015, o país teve índice ainda menor: a economia recuou 3,8%, o pior resultado em 25 anos.
A grande torcida, por fim, é que o Brasil, além de conquistar medalhas, seja realmente beneficiado pelas Olimpíadas e apresente avanços sociais, econômicos e culturais.
Curiosidade: O que acontece se a tocha olímpica apagar?