Medindo a inflação: IGP-M

A inflação continua sendo o alvo de todas as atenções. Então, é muito importante que você entenda melhor essa variável econômica, caso contrário, pode continuar tendo a ilusão que esse fenômeno não afeta seu modo de viver. A alta da inflação diminui o valor da moeda e a conseqüência é a queda do poder de compra.

Como fenômeno, ela não é inesperada como um novo vírus, ocorre periodicamente na economia. É continuamente vigiada pelas autoridades, pois é saudável que se mantenha sob controle.

Dada a abrangência e o uso do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), medido pela Fundação Getúlio Vargas, é esse índice que você precisa compreender para poupar e investir de maneira eficiente. Ele é o mais utilizado para calcular as variáveis reais da economia

O ciclo tem a seguinte dinâmica: pessoas passam a gastar mais aumentando a demanda por produtos e serviços e os preços sobem; as pessoas voltam a comprar menos e o ciclo recomeça.

Não há um consenso entre os economistas sobre as causas da inflação. De um lado estão os que acreditam que a razão é a maior quantidade de dinheiro circulando. Do outro lado estão os que acreditam que é o aumento da demanda.

Há várias formas de medir a inflação, e é por isso que você pode encontrar diversos índices. Conhecer todos não é tarefa fácil porque cada um tem uma metodologia. Cada índice mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços.

Dada a abrangência e o uso do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), medido pela Fundação Getúlio Vargas, é esse índice que você precisa compreender para poupar e investir de maneira eficiente. Ele é o mais utilizado para calcular as variáveis reais da economia.

O IGP-M como variação de preços de uma cesta de produtos e serviços é composto por três mini-cestas com pesos diferentes: preços do comércio atacadista (a mais pesada), do varejo (a de peso médio) e da construção civil (a menos pesada). Falando mais tecnicamente, o IGP-M é calculado pela média ponderada de outros três índices: 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA), 30% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e 10% do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Os preços dos produtos e serviços que compõem a grande cesta são coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. Assim sendo, o IGP-M de junho já foi divulgado e o de julho está em fase de coleta de dados.

Em junho, o IGP-M* subiu 1,98%, combinação de alta de 2,27% do IPA com 0,89% do IPC e 2,67% do INCC. Vamos abaixo ver os produtos e serviços que tiveram seus preços aumentados e foram os maiores responsáveis pelo aumento do IGP-M no mês:

No atacado: Produtos agropecuários e as matérias-primas, por exemplo, a soja em grãos, os adubos e fertilizantes, o aço e o ferro.

No varejo: Alimentos, principalmente o arroz branco, batata-inglesa e o pão francês.

Na construção civil: A mão-de-obra de ajudantes, serventes, pedreiros e carpinteiros.

* Fonte: Divisão de Gestão de Dados – IBRE/FGV