Não há como negar: o Brasil é feito de um povo extramente caloroso e receptivo. Essas características conquistam aqueles que passam por aqui. Com os atletas que chegaram de outros países para as Olimpíadas de 2016 não foi diferente.
Com poucos dias de jogos, já teve tenista emocionado pelo apoio da torcida, “ôla” para time de basquete, apoio intenso durante derrota no futebol, aulas de português para melhorar a interação com os brasileiros e muitos elogios para a estrutura montada para receber os atletas.
O que os estrangeiros acham do Brasil: raio-x das Olimpíadas
Talvez o caso que tenha ganhado maior repercussão foi o do tenista sérvio Novak Djokovic, favorito para o ouro, mas que perdeu a disputa para o argentino Juan Martín del Potro e, durante todo o jogo, foi incentivado pela torcida brasileira com gritos com seu nome e com frases de apoio.
Ao fim da partida, emocionado com o resultado negativo, ele declarou: “Francamente, não sei como agradecer. Foi um tipo de atmosfera que experimentei poucas vezes em minha vida, a maioria quando estava em meu próprio país, parecia mesmo que estava em meu país. Parecia que eu era brasileiro”.
Antes mesmo da cerimônia de abertura, na quinta-feira (4), enquanto perdia de lavada para a seleção de futebol da Coreia do Sul, os jogadores do Fiji, país da Oceania, puderam, mesmo sem entender português, sentir o apoio do povo brasileiro.
Com gritos de “ão, ão, ão, a torcida do Fijão”, “olê, olê, olê, olê, Fijê, Fijê”, “eu acredito”, “uh, é paredão, o goleiro do Fijão” e “eu sou Fiji, com muito orgulho, com muito amor” a torcida incentivou os jogadores, que participam pela primeira vez das Olimpíadas, do começo ao fim da partida.
No fim, os jogadores se viraram para a torcida e aplaudiram. Já o treinador do time contou estar surpreso com o apoio mesmo com o time perdendo. “O povo brasileiro é incrível. Vamos voltar, talvez mais forte. Normalmente, a torcida gosta do cachorro grande”, elogiou.

Uma das maiores estrelas do esporte foi ovacionada quando caiu na piscina. O nadador americano Michael Phelps declarou ao canal de TV ESPN que sentiu a energia do brasileiro. “Quando estava no bloco, achei que meu coração ia explodir. Estava tão empolgado, tão ansioso. Estava muito barulho, acho que eu nunca ouvi nada assim”.
A seleção americana de basquete já participou de muitas outras Olimpíadas. Mas, certamente o brasileiro conseguiu impressionar. “Foi incrível o astral da torcida. Os sul-americanos são realmente diferentes e apoiaram as duas equipes. Isso foi interessante. É claro que jogávamos melhor e ajudamos a atrair o apoio, mas a torcida fez o jogo ficar mais atrativo, porque eles são grandes fãs do basquete”, comentou Paul George, um dos jogadores.

O encanto brasileiro é tão forte que teve até atleta aprendendo português para se comunicar melhor por aqui. O canoísta escocês David Florence já esteve no Brasil outras cinco vezes e, para fazer bonito, cursou aulas do nosso idioma em casa, através de um curso online. “Se torna uma experiência muito melhor quando você chega a um país e consegue se comunicar com qualquer um. O Rio é uma cidade linda e com um povo muito simpático. Fiz aulas e quero melhorar ainda mais”, comentou.

A Vila Olímpica, espaço onde os atletas podem, ao interagir com os voluntários e funcionários, vivenciar um pouquinho dos hábitos brasileiros, também foi motivo de surpresa e elogios dos gringos.
“As acomodações são excelentes, com suítes grandes, aparelhos de ar-condicionado, wi-fi em todos os cômodos, recepção, varanda, piscina, ventiladores, etc”, declarou a delegação da África do Sul em nota.

A Espanha, através do diretor de sua delegação, também se manifestou. “Havia uma incerteza, pois ela não estava terminada. É uma das melhores Vilas de toda a história. São 16 mil esportistas aqui e, em geral, toda a gente está encantada”, disse Alejandro Blanco.

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