Na última terça-feira (15), um triste vídeo tomou conta das redes sociais. Nele, Carlos Eduardo, desconfiado de uma traição, seguiu sua esposa, Fabíola, até um motel, onde a encontrou com Léo, um amigo da família. Para se vingar, o marido traído divulgou o vídeo da abordagem, expondo todas as cenas de agressões física e moral as quais a mulher foi submetida. O caso repercutiu e os comentários feitos a respeito da história são uma grande prova de que ainda encaramos de forma distinta a traição se cometida por um homem ou por uma mulher.
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Quando é uma mulher que trai
Embora possa não ser uma atitude correta em relacionamentos monogãmicos, o adultério não é crime. Ainda assim, a recepção da ato quando feito por um homem é completamente distinta da de quando praticada por uma mulher. No caso masculino, a virilidade do comprometido é exaltada e quem fica com a culpa é sua companheira, que supostamente não conseguiu suprir as necessidades do marido, ou a amante, que é acusada de seduzir aquele homem.
No caso da Fabíola, os comentários dos internautas em sites de notícias ou em páginas do Facebook exemplificam essa constatação. Fabíola é compromissada. Mas Léo, o amante, também é, e pouco se falou sobre a infração das regras matrimoniais e a conduta equivocada que ele teve.
E você, como se posicionou sobre o assunto? Talvez seja hora de repensar se você também não está agredindo uma mulher.
Comentários sobre o caso da Fabíola
Ainda há esperança
Embora muitas pessoas tenham chegado a níveis inadmissíveis de opinião, supondo inclusive que a mulher deveria apanhar ou morrer, outras tentam enxergar a situação a partir de outra perspectiva para compreender que a situação, ainda que errada, deve ser resolvida com diálogo e sem violência, humilhação e exposição.