Ele era um vagabundo vira lata e sedutor que vivia nas esquinas a revirar as latas de lixo. Não tinha quase nada além do seu fascínio. Ela, a tal dama, era uma espécie de fêmea bem cuidada e, mesmo assim, não teve jeito – os dois se apaixonaram.

Você conhece essa história? “A dama e o vagabundo” que nossas mães contavam e queriam nos alertar que um homem sem bases de personalidade definidas pode nos afastar da felicidade. E esse lembrete algumas mulheres esqueceram. Vivem atrás de paixões desmedidas, frisson e ansiedade que desfazem o chão de quem pisa.

Existe um monte de vagabundos por aí que deixam as mulheres sem equilíbrio. Talvez você não saiba, mas toda mulher que sofre da síndrome de ser a dama de um vagabundo, pode ter realmente, o vagabundo que merece.

Então vamos descrever a mulher que é alvo fácil desses seres que vivem varrendo as ilusões dos corações femininos fragilizados:

Aquela mulher de vestido vermelho que passa e derruba os olhares masculinos. Tem jeito de gostosa, é charmosa, cheirosa demais. Nela tudo se expande, até o mínimo detalhe. Executiva e poderosa, mora sozinha. Carro do ano. Pode ir a qualquer lugar e quando quiser. Ninguém duvida de suas armas que explodem pontes rígidas de defesas e deixam as pessoas encantadas com a sua sedução.

Seu feitiço é bombástico e tudo nela sugere liberdade. Quanta beleza. Magia no olhar. Tem o jeito de despertar prazeres, pele de cetim. As mesas se enchem de apostas e moedas são jogadas sem medo para mostrarem as cartas e dizerem: ” Touché, ela é apenas o máximo”.

Mulher inteira quer relacionamento estável. Não o que dilacera a liberdade, mas que alimenta a segurança

Mas essa mulher de tanto fascínio não consegue lidar com os homens. Aliás, quando o negócio é o gênero masculino suas escolhas são as mais complexas. Adora um vagabundo, embora pareça dama. Corre atrás do que é confuso. Mentiras. Possui MBA no exterior e domina duas línguas no mínimo. Mas sobre a linguagem do amor fala demais sobre si mesma. Ponto para o vagabundo que está à solta nas ruas vazias e louco por uma cheirosa assim.

Quando seu sorriso aparece, acende qualquer lugar. Sua dança, ritmo. Mas envolvimento que é bom, zero. Sabe aquele homem que nunca tem hora para ela? Que desfaz encontros e vive dando a volta e sai de fininho quando a conversa é mais profunda? Pois é, essa mulher adora ser dama desse homem – vagabundo que faz dela o que quer.

Quanto mais complicado, escorregadio, melhor fica o seu prazer. Sua libido esquenta com a ansiedade e quando menos espera a rasteira vem. Sofrida, percebe o mal que ela própria lhe causou.

O que carrega dentro de si uma mulher assim? Louca por aventuras amorosas? Que desperdiça o tempo e não planeja o futuro? Entre tantos outros fatores a dama de um vagabundo é bonita por fora, mas faltam-lhe muitos atributos na alma. No fundo sente-se rejeitada, não amada e quer sempre estar no fio da navalha. Essa emoção constante faz com que se sinta viva. E o centro da questão é – ela adora sentir o desejo do outro.

Pode estar certa, amiga. Esse desejo inconstante pode lhe fazer infeliz. Ele diz que você é linda, gostosa. Sabe tudo sobre sexo. E com esses poucos mimos, volta para descansar na primeira lata de lixo de uma esquina qualquer.

Mulher inteira quer relacionamento estável. Não o que dilacera a liberdade, mas que alimenta a segurança. Parceria e sonhos possíveis.

Mulher que sofre do complexo de ser dama de um vagabundo gosta de revirar sujeira no espírito. Não se incomoda com os lugares sem luz do seu peito e qualquer canto está bom para desfrutar instantes banais.

A história que nos foi contada quando meninas tem lá sua purpurina. Era bonita mesmo. Mas por aqui nesse texto fica o alerta para que a defesa feminina esteja em punho quando um vagabundo estiver por perto. Ele geralmente é lindo. Sexualmente é capaz de fazer você delirar. Diz coisas que uma ELA ficaria louca e, para esquecer algo assim, amiga, é complicado.

Portanto, seja forte e diga não às suas necessidades de ter um homem vagabundo ao seu lado. Se você é essa dama desavisada, pode estar certa de que depois do que leu não tem mais motivos para ficar lambendo essa cria que de boazinha não tem nada.