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A dor da morte de um filho é irreparável e, não à toa, é considerada o sofrimento mais terrível que uma pessoa pode experimentar. Infelizmente, foi o que Christiane Torloni precisou enfrentar no início dos anos 1990, ao perder seu filho de apenas 12 anos de idade.
A atriz ficou destruída com a tragédia e reuniu forças que sequer imaginava que possuía para ser capaz de seguir em frente.
Filho de Christiane Torloni morreu em seus braços
Os gêmeos Leonardo e Guilherme nasceram em 1979, frutos do relacionamento de Torloni com o diretor Dennis Carvalho.
Em 1991, uma tragédia mudou a vida de todos. Christiane Torloni manobrava uma caminhonete na garagem de casa, mas o veículo ficou desgovernado e caiu de uma altura de mais de 4 metros. Os dois filhos estavam no carro com ela.
Christiane e Leonardo tiveram apenas ferimentos leves, mas Guilherme não resistiu e morreu. Em entrevista, Dennis falou sobre o acidente e ressaltou a força da mãe de seus filhos: “Ele faleceu no colo dela. Se fosse comigo, eu não sei se conseguiria, se eu aguentaria essa barra que foi violentíssima. E a Christiane foi muito forte ao aguentar isso.”
Para enfrentar o luto, Christiane precisou mudar completamente a vida. No dia seguinte, ainda no hospital, ela decidiu que iria se mudar para Portugal com Leonardo, que também é ator (foto abaixo).
“Nós fomos tentar juntar as nossas pecinhas, ficar muito mais juntinho… Ficamos lá três anos”, relembrou a atriz, afirmando que, junto, levou uma mala cheia de livros e ideias que já tinha em mente há algum tempo e queria colocar em prática.
Sobre a dor da perda de um filho, Christiane afirma que que ficou emocionalmente desfeita e que experimentou até certo sentimento de constrangimento.
“A gente não tem que ter vergonha, porque a dor de alguma maneira humilha as pessoas, você se sente humilhado porque está exposto, então eu precisei me recolher.”
Como Christiane Torloni superou a morte do filho
Na época em que perdeu o filho, Christiane foi confortada por um telefonema que recebeu do ator Carlos Vereza. Espírita, ele trazia uma mensagem de Guilherme, contando que ele estava bem.
O recado foi fundamental para que a atriz não se entregasse por completo.
Além dos amigos, da família e da fé, o trabalho em Portugal deu forças a Christiane Torloni para que ela pudesse continuar: “Eu voltei ao palco porque eu percebi que era o único caminho de volta. A arte realmente cura, mas você precisa abrir espaço para ela.”
Quase 30 anos depois da morte de Guilherme, Christiane aprendeu a conviver com a dor da perda irreparável, mas afirma que o processo é infinito. “Sobreviver à perda de um filho é um exercício diário. É um dia de cada vez”, desabafou.
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