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Thais Carla, a bailarina de Anitta que ficou nacionalmente conhecida por sua luta constante a favor do empoderamento de pessoas gordas, deu mais uma ótima aula sobre como a gordofobia se manifesta e como ainda há dificuldade por parte da sociedade em aceitar que corpos não magros não são necessariamente sinônimo de doença – assim como os magros não são necessariamente sinônimo de saúde.
Thais Carla sobre distúrbios alimentares
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O rápido, mas pertinente, discurso de Thais aconteceu no Stories do Instagram. A princípio, a bailarina havia utilizado a ferramenta para comentar o impacto do filme “O Mínimo para Viver”, uma produção da Netflix que trata da anorexia e dos efeitos que o distúrbio alimentar causa no corpo e vida de uma jovem.
“Faz a gente refletir sobre muitas coisas, como a gente se leva a um buraco. Não só distúrbio alimentar, mas o que lava uma pessoa a usar muitas drogas, álcool”, refletiu.
Seguidores “diagnosticam” causa do sobrepeso de Thais
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Depois que Thais indicou o filme para quem tiver interesse em entender como um distúrbio alimentar se desenrola na vida de uma pessoa, a bailarina começou a receber algumas críticas de alguns internautas.
Segundo Thais, parte do público que acompanhou os stories acreditavam que ela também deveria procurar ajuda de profissionais da saúde.
Isso porque, segundo o “diagnóstico” de alguns seguidores (que não a conhecem pessoalmente ou têm qualquer informação sobre sua rotina alimentar), a bailarina apresenta uma compulsão alimentar.
De forma muito tranquila e natural, como costuma abordar o tema, Thais desmentiu a informação prontamente.
“Desejava muito que alguém ficasse comigo o dia inteiro para ver se eu tenho mesmo compulsão alimentar, porque eu desconheço. Eu não tenho um pingo de compulsão alimentar”, respondeu calmamente.
Motivo de Thais não emagrecer é simples
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Ainda no embalo dos comentários que tentavam relacionar o corpo de Thais a uma suposta compulsão alimentar, a bailarina explicou que o único motivo de ter não conseguir reduzir está relacionada a um motivo que não tem ligação alguma com o modo que ela lida com a comida.
“Esse é meu corpinho. Eu só não emagreço por fatores genéticos”, disse Thais a quem ainda tem dúvidas sobre o assunto.
Gordofobia: por que não aceitamos corpos gordos
Pela crença de que magreza é sinônimo de beleza e saúde, corpos que saem do padrão magro, como o de Thais, são alvos constantes de críticas por parte de pessoas que se sentem no direito de opinar na vida de outras baseadas apenas na forma físicas. Afinal, é inconcebível para alguns membros da sociedade que o gordo possa ser belo e saudável – e, principalmente, seguro e satisfeito consigo.
É a chamada gordofobia, uma forma de discriminar, estigmatizar e desvalorizar pessoas gordas e seus corpos, nos mais variados contextos e situações sociais, se manifestando de maneira segregadora em ações cotidianas.
Muitas vezes, o preconceito vem disfarçado de preocupação com a saúde, o que muitos fazem de forma até inconsciente e apesar de não terem qualquer informação sobre o quadro clínico da pessoa que criticam. Trata-se da nossa dificuldade em simplesmente aceitar o corpo gordo como outro qualquer.
“A nossa sociedade é bombardeada por estímulos que levam à compreensão de que o corpo magro é o ideal, mas não explicam que não é saudável ser magro a qualquer custo. Há pessoas pagando um preço muito alto para serem magras, e não me refiro ao custo financeiro, é um custo psíquico, emocional, e também físico. Ao mesmo tempo, não necessariamente uma pessoa com sobrepeso ou obesidade está com a saúde ruim: é preciso levar em consideração o estilo de vida das pessoas e o que elas estão chamando de cuidado e saúde”, pontua Amanda Menezes, psicóloga do GRECCO (Grupo de Estudos em Comer Compulsivo e Obesidade), do Ambulim, programa do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP.
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