Uma pesquisa recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica que, em todo o mundo, as mulheres ainda ganham menos dos que os homens desempenhando funções equivalentes. Mesmo com mais anos de estudo e especializações que eles, no total, elas recebem 78% do salário masculino.
Na América Latina, as maiores diferenças entre as remunerações se encontram na Guatemala, no Peru, no México, na Bolívia e no Brasil. O Uruguai e a Colômbia são os países onde os salários femininos costumam ser melhores. No mundo, a menor diferença acontece nos países nórdicos – o índice não chega a 12%.
De acordo com a OIT, a discriminação maior nesse quesito (como a que ocorre na América Latina) se deve a uma série de fatores como a desigualdade na divisão dos trabalhos domésticos, o número elevado de mulheres em empregos temporários ou sem carteira assinada, e a dedicação feminina aos filhos e à família.
A igualdade entre os sexos na remuneração é um dos princípios da OIT, mas poucos países cumprem a exigência. A presidente do Chile, Michelle Bachelet, pretende ratificar em breve o primeiro projeto de lei na América Latina sobre o tema. Em alguns países europeus, assim como no Canadá, é obrigatório o pagamentos de salários iguais para homens e mulheres no mesmo cargo, e o empregador que não respeitam a legislação são punidos.
Notícia do Globo Online