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Ainda que as coisas estejam mudando suas percepções quando se fala em beleza, ainda é raro ver, por exemplo, desfiles de moda ou concursos de beleza famosos que incluam pessoas realmente plus size. Isso porque, apesar dessa evolução, a indústria da moda ainda prega padrões irreais de corpos, e um exemplo disso é o que relatou a modelo colombiana Paulina Vega, Miss Universo 2014.
Modelo magra considerada plus size
Usando seu perfil no Instagram e seu site, Paulina revelou que, após seu “reinado” como Miss Universo, ela fechou um contrato com uma agência de modelos, mas, três meses depois, teve uma surpresa: ao voltar à empresa após um período de viagens e outros trabalhos, ela descobriu que havia engordado 1 kg – e que, na visão da agência, isso a tornava plus size.
“Na reunião, eles me disseram que eu não era mais considerada uma modelo de passarela ou editorial, que eu não estava mais entre as ‘magras’ e passaria a ser classificava como plus size”, afirmou Paulina, ressaltando que não se sentiu ofendida pela classificação em si, mas sim pela forma absurda como essa indústria categoriza as pessoas. “Sob quais critérios uma pessoa é considerada plus size? E quem decide esses critérios?”, questionou a modelo.
Para ela, o momento foi frustrante por ser tão diferente do que ela havia acabado de viver após seu “reinado”. “Eu tive um ano e meio em que me dediquei a responsabilidades que iam além da minha imagem e desafiavam minha mente. Passar desse estado de constante exploração e crescimento para ser novamente apenas julgada pela minha aparência me pareceu ridículo”, afirmou Paulina.
Apesar de essa situação não tê-la feito desistir da carreira de modelo, ela mudou a forma como Paulina escolhe seus trabalhos. “Eu amo meu trabalho e aprecio tudo que ele trouxe para a minha vida. Por isso, desde que tive essa experiência, me comprometi a trabalhar apenas com marcas que estão alinhadas com meus valores e não requerem que eu mantenha medidas absurdas”, contou ela.
Além de relatar essa decisão, ela também exaltou as crescentes mudanças nos ideais de beleza das pessoas e da indústria. “Eu apenas espero que nós continuemos a questionar as marcas, a mídia e a indústria que continuam a idealizar corpos que não são reais ou necessariamente mais bonitos que outros”, disse, deixando também um conselho valioso.
“Eu aprendi que prestar tanta atenção na sua aparência toma um tempo que você poderia estar investindo em seus sonhos, paixões e em ser uma pessoa melhor. Toma tempo de algo que dura para sempre: sua essência e quem você é”, concluiu a modelo.