Fantasias sexuais

Todo ano novo é a mesma coisa. Fazemos milhões de promessas e nunca cumprimos. Então já é a hora de dar um basta nesse ritual e começar a botar aqueles velhos planos em prática. E para começar com o pé direito, que tal dar uma apimentada na sua relação? Algemas, chicotes, praias desertas, sexo à três, à quatro… tudo é permitido quando soltamos nossa imaginação e mergulhamos no mundo das fantasias sexuais. É hora de chutar o balde, ou melhor, os tabus, e se entregar. Pois se você ainda não sabe, as fantasias eróticas são indispensáveis: tem o poder de quebrar a rotina, surpreender o parceiro, reacender o desejo e, de quebra, dar um verdadeiro upgrade na sua vida sexual.

Fabiana Maia, 27 anos, cultivou sua fantasia durante muito tempo, até que encontrou um par a altura para transformá-la em realidade. “Eu e Paulo nos dávamos tão bem na cama que eu resolvi arriscar: contei pra ele que tinha uma enorme vontade de me passar por prostituta. O pior é que ele adorou a idéia. Marcamos tudo direitinho e eu botei uma microsaia, um par de botas e fiquei plantada no meio da Av. Atlântida esperando ele passar de carro. No início eu achei um pouco constrangedor, mas depois eu me entreguei completamente à situação. Ele parou o carro, perguntou quanto era o programa e nós fomos parar no motel. De manhã, quando acordei, a única coisa que encontrei dele no quarto foram algumas notas de R$ 50,00 no travesseiro. Foi maravilhoso!”, revela.

Se libertar dos bloqueios impostos pela sociedade e conseguir encarar o sexo, puro e simples, sem nenhum tipo de envolvimento emocional, é o que muitas vezes rege as fantasias femininas. Tanto que os garotos de programa costumam ser protagonistas de várias delas. “Acho que por ser um garoto de programa, ou seja, pela experiência e pela necessidade do dinheiro, ele seria capaz de me dar muito mais prazer. Imagino um cara muito carinhoso, muito sensual, extremamente paciente e que faça de tudo, tudo mesmo, para me satisfazer completamente. Resumindo: um cara muito bom de cama, do tipo que ‘levanta’ e fica, afinal, os broxas que me perdoem, mas ‘ficar de pé’ é fundamental”, brinca Giselle Rodrigues, 32 anos.

Já entre os homens, o desejo de transar com duas mulheres ao mesmo tempo é quase uma unanimidade. “Dominar duas mulheres de uma só vez dá uma sensação de poder, de superioridade e o encanto está justamente em convencê-las disso”, afirma Marcus Brandenburg, 26 anos, que por pouco não conseguiu realizar o seu desejo. “Já estava tudo meio armado com uma amiga da minha namorada, mas ela começou a inventar desculpas das mais esfarrapadas todas as vezes que a gente marcava uma data e nós acabamos desistindo”, lembra. Mais sorte teve o namorado de Alessandra Mendonça, 23 anos, que experimentou o sexo à três por insistência da própria namorada. “Eu sabia que ele tinha o maior tesão em levar duas mulheres para a cama, mas ele sempre dizia que esse não era o tipo de coisa para se fazer com a namorada. Insisti tanto, mas tanto, que ele acabou cedendo… e eu providenciei tudo. Pegamos a garota de programa que eu tinha contratado e fizemos tudo ali, no carro mesmo. Foi inesquecível e eu só não repito a dose porque, apesar de ter adorado, ele continua repetindo aquele velho discurso moralista de que eu não sou mulher pra isso”, garante ela.

Lugares diferentes também habitam o imaginário de homens e mulheres. Transar em uma praia deserta, no capô do carro, no elevador, na escada do prédio, num banheiro público, em provador de roupa, no cinema ou sobre as pedras de uma cachoeira são apenas algumas das opções. “Sempre gostei de transar em lugares diferentes, principalmente porque amo a sensação do perigo. Correr o risco de ser surpreendida a qualquer momento é sensacional e muito mais excitante”, assinala Clarissa Brandão, 36 anos. Enquanto para Clarissa o tempero está em ser surpreendida, para Renata Cabral, 23 anos, ser observada seria a grande realização. “A minha maior fantasia é fazer amor em público. Acho que seria muito interessante transar com um monte de gente me olhando. Dá até para imaginar, todos ali, acompanhando minha performance”, suspira.

A publicitária Larissa Muniz, 28 anos, nunca tinha levado suas fantasias muito a sério até experimentar a sensação de fazer amor na neve. “Namorei um argentino por uns seis meses e a gente vivia revezando: ele vinha para o Rio, passava um feriado ou um fim de semana e no outro eu ia pra lá. Até que um dia, quando me dei conta, estávamos em Bariloche, rolando no meio da neve, praticamente nus, fazendo um sexo tão maravilhoso que eu nem sentia o frio”, conta. A partir daí Larissa não parou mais. “Um tempo depois eu comecei a namorar o Pedro e como já estamos juntos há muito tempo, damos muita importância às nossas fantasias… é uma forma de não deixar o sexo cair na rotina. Eu me visto de enfermeira, de colegial, nós simulamos estupro, enfim, fazemos um verdadeiro teatro. Acho que esse foi o tipo de coisa essencial para manter a nossa chama acesa durante esses oito anos”.

Aliás, uniformes fazem muito sucesso também entre as mulheres. Então, ao invés de trair seu namorado com o encanador ou com o bombeiro, que tal transformá-lo em um? Daniel Coelho, 25 anos, vestiu um macacão jeans, se sujou de graxa e, com uma mala de ferramentas embaixo do braço, levou a namorada para o motel mais próximo. “Ela queria transar com um mecânico de qualquer maneira e eu decidi resolver o problema dela”, diverte-se ele. Outro famoso fetiche é o par de algemas, que independente da posição – seja de vítima ou dominadora – encabeça a lista dos desejos eróticos ‘mais básicos’. “Sempre me imaginei algemada na cabeceira da cama, totalmente indefesa, tendo cada pedacinho do meu corpo explorado por um homem. De início com delicadeza, mas depois que o clima esquentasse ele teria que partir para um sexo mais violento, do tipo Instinto Selvagem”, revela Ana Beatriz, 31 anos.

Como você já deve ter percebido, o negócio é dar asas a imaginação e se entregar ao próprio instinto. E não tem desculpa: se a sua criatividade estiver em baixa, comece pelas fantasias alheias…pode ser um excelente aquecimento! Ouse, inove, surpreenda. Afinal, mesmo que você não as realize, a chama do desejo já terá se acendido e disso, sem dúvida, você não vai se arrepender!