De acordo com um estudo da Universidade do Estado do Kansas, nos Estados Unidos, crianças que dão mais trabalho para aceitar limites impostos podem ter uma recompensa futura. Elas teriam uma espécie de “gene da liderança”, que as tornariam mais propensas a dirigir uma grande empresa na vida adulta.
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Os cientistas relataram na pesquisa, publicada no periódico britânico “The Leadership Quarterly”, que uma sequência genética particular está associada com um desejo das crianças de quebrar regras. Essa mesma informação genética seria encontrada em diretores-executivos com perfil de liderança.
Segundo os psicólogos, as pessoas com esse gene aprendem desde cedo a desafiarem os limites. E uma criança desobediente teria mais chances de se tornar um líder na vida adulta, pois esse tipo de comportamento permitiria que ela explore mais seus limites e aprenda coisas novas.
No estudo, os psicólogos analisaram dados de 13 mil crianças para descobrir a influência do gene responsável pelo transporte de dopamina para o cérebro. A substância, que é um neurotransmissor, ajuda a controlar as reações do cérebro em situações de recompensa e prazer.
Os pesquisadores descobriram que, em crianças, o gene se revela num comportamento desobediente, mas não violento. Essa mesma sequência genética fornece qualidades de liderança positivas em adultos, que, muitas vezes, são responsáveis por gerir grandes empresas.
Como em todo estudo relacionado à genética, há ressalvas: os pesquisadores dizem que os diferentes resultados podem ser influenciados pelo ambiente no qual a criança vive. Situações como, o apoio de seus pais e o aproveitamento de suas habilidades de trabalhar em grupo, podem torná-la mais ou menos propensa a se tornar uma líder, por exemplo.
