O HPV (Human Papilloma Vírus) é o nome científico do vírus mais presente nos jovens do país. Essa doença pode ocasionar verrugas genitais e penianas. As lesões também surgem na uretra, escroto e área perianal. Nas mulheres, ele pode levar ao câncer de colo de útero.
É de extrema importância que os jovens se conscientizem desde cedo sobre a importância de prevenir-se contra doenças sexualmente transmissíveis. Visando esses cuidados, o município de Taboão da Serra (SP) foi o primeiro do mundo a adotar a vacinação gratuita contra o HPV para meninos e meninas. “Essa atitude torna a ação em política pública de saúde contribuindo na eliminação e redução de mortes decorrentes das causas da doença em defesa da vida e da proteção dos jovens estudantes”, explica a Técnica em Vigilância Epidemiológica, Heloísa.
A vacina contra o HPV é um dos maiores avanços em oncologia. “A vacina recombinante contra papiloma vírus humano é indicada para meninos e homens para prevenção de verrugas genitais (condiloma acuminado) causados pelos tipos 6 e 11 do HPV, além da prevenção de câncer anal e câncer de pênis”, afirma Heloísa.
Apesar da vacina, é fundamental usar camisinha em todas as relações sexuais. A vacina só previne de algumas formas do vírus, não todas (saiba como funciona a vacina e os preços na rede particular).
A transmissão do vírus ocorre pelo contato direto com a pele infectada. O HPV genital é transmitido por meio de relação sexual ou pelo simples contato com a mucosa nas regiões inferiores do homem e da mulher. Por isso, é de extrema importância o uso de preservativos. Mas vale ressaltar que o vírus pode ser transmitido, também, através de objetos pessoais como toalhas usadas, copos, talheres, vasos sanitários, entre outros meios.
“A forma mais simples de detecção do HPV é a observação das verrugas genitais a olho nu. Na grande maioria dos casos não há a presença de verrugas genitais, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico. Outro método é a realização da peniscopia (retirada de um pequeno fragmento de tecido do pênis para análise)” explica a Técnica em Vigilância Epidemiológica.
Quando não há verrugas, o vírus pode ser curado pelo organismo do paciente infectado (processo que ocorre naturalmente sem interferência de remédios ou cirurgia). Mas quando o organismo está com pouca imunidade e não consegue combater sozinho o vírus, o processo pode ser feito de diversas formas: cirúrgica, com medicamentos imunossupressores, com ácido tricoloroacético ou podofilina.
É muito difícil o vírus manifestar alguma reação nas pessoas infectadas. Normalmente são através das verrugas, mas quando não surge, o paciente pode descobrir que teve contato com o HPV através dos exames de rotina. Por isso é imprescindível homens e mulheres procurarem um especialista pelo menos uma vez ao ano para se submeter aos exames clínicos.
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