João Vicente gera debate ao afirmar que traição deveria ser levada menos a sério

Durante a última edição do programa “Papo de Segunda”, do canal GNT, o ator João Vicente de Castro, um dos apresentadores, levantou um debate ao opinar sobre infidelidade nos relacionamentos.

Para ele, o modo como homens reagem a traições das parceiras é um rastro da masculinidade tóxica que ainda persiste em nossa sociedade. Por isso, ele defende que este tipo de comportamento deveria ser levada menos a sério.

João Vicente fala sobre traição conjugal

Após exibir uma reportagem sobre homens que defendem que a “cornice” deve ser encarada de maneira mais saudável, longe da raiva e da violência e entendendo que todos estão sujeitos a este tipo de situação, João opinou sobre o assunto e concordou com a ideia.

“Traição não é nem perto [do fim do mundo]. Essa tal fidelidade que foi escrita em pedra em 1700 é um troço que não serve para nada. Como diria o filósofo, um homem sem chifre é um animal indefeso”, disse o ator.

Na mesma linha de pensamento, a cantora Margareth Menezes, convidada do programa, lembrou que não são todos os relacionamentos que são eternos – um fator que pode levar à infidelidade na relação.

“Hoje em dia, os casamentos não duram tanto assim. É uma realidade da sociedade. Claro que todo mundo quer casar e ficar a vida toda com o par. Mas acontece”, refletiu a cantora.

Diante desta realidade, a cantora analisa que homens precisam acabar com o impulso de reagirem mal a uma traição. “Isso é uma coisa muito antiga e eu sei que ainda existe”, disse Margareth, que ainda afirmou que a forma diferente como homens e mulheres lidam com a infidelidade está relacionada ao machismo, citando que muitos homens matam suas parceiras ou ex-parceiras por conta disso.

“Todos os dias nos jornais tem mais de uma ou duas mulheres assassinadas no Brasil. Eu, como mulher, fico assombrada”, disse, refletindo: “Imagina se a mulher fosse matar todo homem que trai?”

Em sua análise sobre a traição, João ainda destacou como a sexualidade é ensinada à mulher e ao homem de maneiras distintas.

“Desejo é tudo igual, a mulher não é a mais romântica. Mas acho que a sociedade colocou que a mulher não pode ter desejo, o gozo tem que ser reprimido e o homem tem que transar o máximo possível”, pontuou o ator.

Ele também lembrou que, culturalmente, a mulher é ensinada a ser monogâmica, não trair, enquanto o homem é livre para fazer o que quiser.

Relacionamento e traição