Desde a infância, aprendemos que o amor é condicional e que precisamos “trabalhar” para sermos amados. Ou seja, agimos de determinadas formas para provar que somos bons o suficiente e acabamos ignorando nossas próprias emoções para sermos merecedores de tal afeto.
Somos ensinados que o amor e a aprovação podem ir embora a qualquer momento. Para evitar este abandono, desenvolvemos o hábito de nos justificar até mesmo quando não há necessidade.

Medo da rejeição e busca por aceitação
Desculpar-se e explicar-se demais, portanto, é um trauma causado pelo medo da rejeição do outro, explica a psicóloga holística Nicole LePera.

Segundo a especialista, no processo de busca por amor e aceitação, acabamos racionalizando nossas motivações para que as outras pessoas nos compreendam. No fundo, isso significa apenas que temos medo de ser abandonados.
A verdade é que não precisamos defender o tempo todo nossos valores, emoções e sentimentos e verdades. Não precisamos nos desculpar por estabelecer nossos limites, nossas necessidades ou sonhos ou desejos, mesmo quando tudo isso desperta insegurança nas pessoas ao nosso redor.

A psicóloga lembra que não se culpar pelo que sente e não se envergonhar dos próprios limites é fundamental para evitar o excesso de justificativas. Respeitar as próprias necessidades é o caminho para desenvolver a autoestima e a autoconfiança e se tornar um ser soberano.