“Ao lado de um grande homem há sempre uma grande mulher”, garantem as adeptas do dito popular, desta vez em tom politicamente correto. Se levarmos a máxima até Cauã Reymond, não seria surpresa se a tal mulher for a atriz Grazi Massafera. No entanto em tempos de celebridade x mundo fashion, nada melhor que ter ao lado um grande personal stylist, caso de Amaury Borghett, que trabalha com o galã desde 2006.
Cabe a Amaury dar aquela mãozinha ao ator na hora de escolher o look que vai fazer onze entre dez mulheres suspirarem e buscarem a peça como inspiração para transformarem os sapos da vida real em príncipes da telenovela. Nesse quesito, a vida deste carioca nascido no subúrbio também é digna de conto de fadas. Quando pequeno ele já demonstrava fascínio pelo universo da indumentária. Era ele quem acompanhava a mãe, Juracy de Oliveira, em suas idas à costureira onde fazia vestidos de alfaiataria por encomenda.
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De origem humilde, nunca chegou a ler revista de moda e quanto ao talento para vestir outras pessoas ele prefere dizer apenas que “é um dom”. Na adolescência tentou carreira de modelo em Paris e na Itália, mas seu gosto mesmo sempre foi pela produção de moda. “Quando voltei ao Brasil acabei sendo convidado por uma amiga para trabalhar com ela em uma revista de moda. A partir dali nunca mais parei. Comecei a fazer publicidade e entrei em contato com todos esses artistas”, relembra Amaury que já soma 25 anos de carreira.
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Pelos olhares atentos de Amaury passaram Débora Bloch (de quem ele organizou todo o armário), Fábio Assunção, Marcello Antony, Edson Celulari e – claro – Cauã a quem ele descreve como “um homem muito relax, com estilo básico”. “O mais importante na minha profissão é respeitar a personalidade do cliente. No caso do Cauã, ele sabe segurar desde um terno até uma calça rasgada. Tudo o que ele veste fica confortável nele”, frisa Amaury que decreta que “ser chique é ter personalidade”.
Por isso meninas, nada de tentar transformar o armário dos namorados sem levar em consideração os gostos dele. “O grande problema das mulheres é que elas querem que o namorado vista aquilo que elas sonham, isso para mim é brincar de boneco. Para ajudar alguém é preciso levar em consideração sua identidade. É uma troca, com o Cauã sempre discutimos antes o que ele vai vestir”, conta Amaury que escolhe e envia as roupas para o cliente.
“Ele me pede camisas de malha: eu escolho, compro e envio para ele, conheço sua cartela de cores e fica mais fácil. O que ele gosta fica com ele, se precisar troco de número ou devolvo a loja”, ensina. Quando o assunto são os homens brasileiros, Amaury acredita que em sua maioria o estilo é bem simples, pouco ousado. “Eu brinco que eu nunca estou na moda, sempre fujo dela. Recentemente todos os homens resolveram usar xadrez, parecia que estávamos em uma eterna festa junina”, diz o especialista que defente a moda de maneira democrática, mas sempre com bom senso.
“Paletó com jeans é uma boa combinação”, exemplifica ele que faz questão de transitar entre o mundo fashion das celebridades e o dos botecos pés sujos do bairro onde a mãe ainda mora: “Nada é mais elegante que ser simples”, ensina.
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Cauã Reymond
Cauã Reymond
Cauã Reymond e Grazi Massafera
