Diálogo honesto, confiança, empatia, enfim, os elementos que favorecem a verdadeira aproximação com outra pessoa podem ser conquistados por um processo conhecido como rapport que, segundo o estrategista Anthony Robbins, é a “capacidade de entrar no mundo de alguém, fazê-lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum”.
De acordo com Emerson Vamondes, especialista em comportamento humano e PNL (Programação Neurolinguística), dominar esta técnica permite aprimorar os relacionamentos pessoais e profissionais.
Como é gerada uma relação de confiança, a interação entre os indivíduos é maior, o que aumenta a fluidez da troca de ideias, explica o profissional.
“A comunicação, seja com amigos e familiares ou no ambiente profissional, se torna bem-sucedida, dado que as partes se tornam mais abertas a novos conceitos”.
Como usar a técnica que promove empatia
Inicialmente utilizado pela psicologia com o objetivo de estabelecer conexão entre paciente e terapeuta, o rapport está baseado em três pilares que você pode treinar e colocar em prática:
Espelhamento: consiste na cópia da linguagem corporal (gestos, expressões faciais e postura) do interlocutor.
É preciso prestar atenção e adotar a linguagem não-verbal de forma gradual e sutil, caso contrário, a pessoa pode perceber e se tornar resistente à conversa.
Reciprocidade: o segundo pilar se baseia na ideia de oferecer benefícios, como favores ou presentes, sem esperar nada em troca.
O especialista em comportamento humano explica que o processo desperta vontade na pessoa beneficiada de retribuir a ação voluntariamente.
Interesse em comum: o terceiro ponto consiste em encontrar interesses em comum, que podem ser problemas, dores ou até mesmo hobbies. Esta etapa é essencial para fortalecer a ligação entre as pessoas, mas toda opinião deve ser verdadeira, pois o rapport é criado a partir da sinceridade, e não da manipulação.
Ainda que estes sejam os aspectos que balizam a técnica, outros elementos, como tom e volume da voz, equilíbrio emocional e timing também fazem parte do processo. Embora boa parte seja realizada inconscientemente, a prática é essencial, pois permite identificar padrões comportamentais com mais eficiência.
Comportamento e relações pessoais
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