No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 73.610 novos casos de câncer de mama para cada ano do triênio 2023-2025 — o que representa um risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama feminina é o mais incidente no país e em todas as regiões brasileiras. Abaixo, confira 5 mitos e verdades sobre a doença.
Câncer de mama: mitos e verdades

1. Só têm câncer de mama quem já teve casos na família
Mito. Embora a herança genética tenha um papel importante, apenas de 5% a 10% dos casos de câncer de mama estão ligados a mutações hereditárias.
2. A mamografia sozinha é suficiente para rastrear a doença
Mito. A mamografia é o exame de rastreamento com maior evidência científica para detecção precoce do câncer, capaz de identificar alterações em fases iniciais, muitas vezes invisíveis no exame físico.
Porém, ela não é conclusiva sozinha: exames complementares como a ultrassonografia, a tomossíntese – conhecida como mamografia 3D – e a ressonância magnética podem ser indicados em situações específicas.
3. Só é necessário fazer o rastreio do câncer de mama a partir dos 50 anos

Mito. No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde é que a mamografia seja realizada dos 50 aos 69 anos, a cada dois anos, como estratégia de rastreamento populacional.
Já as sociedades médicas, como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Febrasgo, indicam iniciar o exame a partir dos 40 anos, anualmente, especialmente para mulheres com fatores de risco individuais.
4. O câncer de mama é uma doença exclusivamente feminina
Mito. Embora seja muito mais raro, o câncer de mama também pode atingir os homens, que representam cerca de 1% de todos os casos.
Os sinais de alerta são semelhantes aos das mulheres. Por ser pouco falado, muitos homens demoram a procurar ajuda, o que atrasa o diagnóstico.
5. Se diagnosticado precocemente, ele tem altas chances de cura

Verdade. A sobrevida global supera 90% em cinco anos quando o diagnóstico é precoce.