Seu filho só veste o que quer? Esse exercício pode ajudar com as birras ao colocar roupa

Muitos pais vão se identificar com a cena: tudo organizado para chegar ao compromisso na hora marcada, sem esquecer nada, mas logo após dar banho, a criança não quer pôr a roupa.

Outra situação comum é o filho querer usar sempre a mesma roupa, um sapatinho mais confortável, aquele moletom que já nem serve mais ou a fantasia do Hulk (ou da Princesa Elsa, de “Frozen”). É só sugerir um casaco mais quentinho que começa a famosa birra na hora de se vestir.

Se esse é o seu caso, é importante saber que a partir de um ano de idade, os pequenos passam a mostrar um pouco da própria identidade e controlar impulsos. Respeitar o período, com limites, é um conselho do psicólogo Roberto Debski. Entenda mais abaixo:

Birra na hora de colocar roupa

Apesar do ambiente constituir muito do que somos, todos já nascem com características próprias e predisposições genéticas. Na fase da infância, é fundamental que os pontos construtivos sejam incentivados, segundo o especialista.

O sinal de “não”, movimentando o rosto para o lado oposto do seio da mãe enquanto é amamentado, já mostra que o bebê nasce com suas vontades. E, se crescem sem ter consciência dos seus gostos e peculiaridades, podem tornar-se pessoas insociáveis e resistentes a mudanças.

iulianvalentin / IStock

A infância inteira é um ótimo momento para o aprendizado, desde que, com base em explicações verdadeiras, a criança seja guiada nas escolhas que fizer.

Criança só quer usar a mesma roupa

O especialista indica um exercício lúdico para fazer com o filho. Peça para que ele sempre opte por uma de duas ou três opções predeterminadas de peças, depois do banho ou mesmo no momento de comprar.

“Se a criança quer vestir uma roupa curta em um clima muito frio, os pais devem, sem brigas, explicar o motivo da escolha ser inadequada”, diz Roberto. Além disso, a orientação é até lembrá-la que as outras poderão ser usadas em outra ocasião.

Os limites impostos de forma carinhosa são melhor absorvidos do que quando ditos por meio do autoritarismo e mais eficientes a longo prazo. Afinal, ao ser tratada frequentemente com gritos, a criança levará para a vida que esta é a única solução para problemas.

Com a referência do respeito, ela entende que não há problemas em expressar seus pensamentos. “Não por autoritarismo, mas por que as escolhas que os pais fazem vão de encontro ao que é melhor, com sabedoria”, conclui o especialista.

Maternidade